Uma semana após o acidente com um Porsche que resultou na morte de um motorista por aplicativo em São Paulo, o amigo do condutor do veículo de luxo, que sofreu graves ferimentos no acidente, passou por uma segunda cirurgia e acordou do coma induzido ao qual estava submetido no hospital.
O estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22, é amigo de infância do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, que conduzia o Porsche. Marucs estava no banco do passageiro do carro de luxo, que bateu na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, que morreu após o acidente. De acordo com testemunhas, todos os três usavam cintos de segurança.
Marcus teve quatro costelas quebradas e foi encaminhado para o Hospital São Luiz Anália. Desde então, ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Não há previsão de alta.
Ao longo da internação, ele já realizou uma cirurgia de retirada do baço após complicações decorrentes da batida. No último domingo (7) passou por uma nova operação, para implantar drenos nos dois pulmões, por causa de um "derrame pleural bilateral" causado pelo trauma. Esta é uma condição na qual há acúmulo anormal de líquido nos espaços entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica, chamadas de pleuras, dos dois lados do tórax.
Ao G1, o advogado de Marcus, José Roberto Soares Lourenço, afirmou que seu cliente "está respondendo bem ao tratamento" e "já iniciou sessões de fisioterapia, mas ainda sem condições de falar sobre o ocorrido".
O acidente
Câmeras de segurança registraram o momento do acidente, que aconteceu na madrugada do dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste.
— Igembeald (@igembed) April 1, 2024
Justiça negou o segundo pedido de prisão contra motorista de Porsche
Nesta segunda-feira (8), a Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva contra Fernando Sastre de Andrade Filho. Esta é a segunda vez que um pedido de prisão contra o motorista do Porsche é rejeitado.
O processo corre em segredo de Justiça. Por isso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou somente que a decisão foi tomada pela 1ª Vara do Júri da Capital, e que foram "fixadas diversas medidas cautelares em lugar da prisão preventiva". Com isso, o condutor da Porsche segue respondendo em liberdade pela morte do motorista de aplicativo.
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