O bilionário Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, fez uma publicação no domingo (7) sugerindo aos usuários que usem um recurso conhecido como VPN para acessar a rede social independentemente de restrições judiciais.
Esse posicionamento acontece logo após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê uma multa diária de R$ 100 mil reais contra a plataforma pela reativação irregular de cada conta que tenha sido bloqueada pela Justiça brasileira.
Em resposta, Musk anunciou a possibilidade de fechamento do escritório do X no Brasil . “[...] Esse juiz [Moraes] aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos de fechar nosso escritório lá" escreveu o empresário.
Musk sugeriu, então, o uso da VPN para burlar o bloqueio do acesso à plataforma no país caso o antigo Twitter encerre as atividades no Brasil. O recurso faz com que o usuário navegue na internet por uma rede privada sem que o provedor rastreie sua localização.
O conflito envolvendo a plataforma, que foi responsabilizada judicialmente por publicações feitas por usuários em período eleitoral, foi resultado da divulgação de mensagens internas da rede social.
Publicadas pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger na quarta-feira (3), as mensagens ficaram conhecidas como "Twitter Files". Shellenberger acusa Moraes de liderar “um caso de ampla repressão da liberdade de expressão” no Brasil.
Para o jornalista, as decisões do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que envolvem o bloqueio de contas nas redes sociais representam uma ameaça à democracia.
Os demais ministros do Supremo interpretam as publicações de Musk um incômodo com o endurecimento das regras eleitorais brasileiras.
Apesar de, até o momento, não ter sido levantada a hipótese da plataforma ser banida no país, uma reportagem do site Uol revelou que interlocutores do magistrado teriam procurado a liderança da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para estudar um possível bloqueio.
Diante desse cenário, o bilionário tem incentivado o descumprimento da decisão à medida que replica tutoriais para que os usuários continuem tendo livre acesso ao X.
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