A força-tarefa que busca os fugitivos da penitenciária de Mossoró, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, realizou neste domingo (3) um novo cerco em uma fazenda na cidade de Baraúna, no Rio Grande do Norte, onde moradores disseram ter visto os criminosos durante a madrugada.
De acordo com investigadores, os fugitivos teriam invadido um galpão agrícola na propriedade. Os helicópteros começaram a sobrevoar o trecho em busca dos fugitivos pela manhã. Drones com sensores térmicos também passaram a ser utilizados. As informações são da TV Globo.
Segundo os investigadores, os foragidos invadiram o galpão e chegaram a agredir o proprietário do local, quando ele informou que não tinha um celular. Depois, os foragidos fugiram mais uma vez. Os investigadores acreditam que os criminosos estavam em busca de alimentos.
O proprietário da fazenda acionou os policiais e foi convocado para prestar depoimento. A força-tarefa também informou que os dois detentos teriam sido vistos no sábado (2) em um assentamento agrícola próximo a uma plantação de bananas onde eles foram flagrados por duas agricultoras na quinta-feira (29).
Deibson e Rogério fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. Foi a primeira fuga registrada no sistema prisional federal, criado em 2006.
Buscam entram no 19º dia
As buscas entraram no 19º dia neste domingo (3) e se concentram desde o início nas áreas rurais das cidades de Mossoró e Baraúna, que são ligadas pela RN-015, onde fica a penitenciária.
Os investigadores acreditam desde o início da fuga que os foragidos permanecem pela região, fato que tem sido reforçado por pistas deixadas ao longo dos dias. Até o momento, cinco pessoas suspeitas de acobertarem a fuga já foram detidas
A mais recente foi um homem que não teve a identidade revelada que acabou preso na última quinta-feira (29), em Fortaleza (CE), sob suspeita de ajudar os dois presidiários fugitivos.
O primeiro foi preso no último dia 21 e, no dia seguinte, outros dois foram presos em flagrante portando armas e drogas. No dia 23 de fevereiro, o irmão de um dos fugitivos também foi preso em Rio Branco (AC) . O homem, que não teve a identidade revelada, tinha um mandado de prisão em aberto contra ele.
O penúltimo a ser preso foi o dono do sítio que abrigou os fugitivos e que detinha o esconderijo na mata. Ele recebeu R$ 5 mil para realizar esta tarefa.