As buscas pelo helicóptero que desapareceu no litoral norte de São Paulo completam seis dias neste sábado (6). A aeronave decolou no domingo (31) de São Paulo, com destino a Ilhabela, quando perdeu o contato .
A aeronave estava com quatro pessoas a bordo, o piloto, Cassiano Tete Teodoro, Luciana Rodzewics, de 45 anos, a filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sakamoto, de 20 anos e Rafael Torres, de 41 anos, que convidou mãe e filha para um passeio bate-volta em Ilhabela.
O helicóptero decolou do Aeroporto Campo de Marte, na região norte da capital paulista, às 13h15.
Os familiares confirmaram a identidade dos passageiros, ressaltando que Rafael Torres é amigo do piloto da aeronave e convidou o grupo para o passeio. Nas redes sociais, Luciana Rodzewics compartilhou um vídeo da decolagem, mostrando o céu nublado de São Paulo e os passageiros dentro do helicóptero.
Pouso de emergência
Letícia estava em contato com o namorado, Henrique Stellato, durante o voo. Ela o avisou que o tempo estava ruim durante a viagem, com muita neblina.
“Tempo ruim. Não dá para passar. Medo”, escreveu a jovem para o namorado.
Em seguida, Letícia envia uma foto dizendo que eles realizaram um pouso de emergência em uma área de mata . O namorado então pergunta onde eles estavam e ela responde: “Sei lá, estou parada no meio do mato”.
Por fim, a jovem afirma que eles estavam tentando entrar em Ilhabela e iriam voltar para São Paulo.
Tentativa de pouso em Ubatuba
O empresário Raphael Torres, 41 anos, chegou a enviar uma mensagem para o filho, às 14h25, avisando que tentariam pousar em Ubatuba.
“Filho, eu vi que você leu minha mensagem agora. Acho que vou para Ubatuba porque Ilhabela está ruim, meu. Não consigo chegar”, disse.
A operação
As buscas estão sendo feitas pelo ar pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Polícia Militar de São Paulo, usando um helicóptero águia. O Corpo de Bombeiros se prepara para começar as operações por terra, mas a corporação informou que aguarda as coordenadas precisas sobre a possível localização do helicóptero para dar início aos trabalhos.
Um avião SC-105 Amazonas é utilizado pela FAB na operação, feita pelo Esquadrão Pelicano.
O major Joscilênio Fernandes, da PM paulista, afirmou à CNN que a operação é “como procurar uma agulha no palheiro”.
Fernandes diz que a maior dificuldade na operação está nas condições climáticas, que já é difícil por ser uma região montanhosa.
“O helicóptero é cinza, e se ele tiver debaixo das árvores, uma vegetação espessa, fica muito mais difícil o trabalho visual, por mais que a gente seja treinado para isso e estejamos voando baixo”, diz o major.