Renato Cariani tornou-se alvo de busca da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (12). A PF deflagrou a Operação Hinsberg contra tráfico de drogas e desvio produtos químicos utilizado na fabricação de crack .
A empresa Anidrol, indústria química de Diadema, na Grande São Paulo, é o principal alvo da PF. O negócio tem o influenciador fitness, Renato Cariani, como sócio.
Quem é Renato Cariani?
Cariani é atleta e formado em química. É também professor de educação física, empresário, youtuber e influenciador. Ele tem mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais e trabalha com o conteúdo fitness.
No Instagram, Renato tem 7,3 milhões de seguidores. No YouTube são 6,3 milhões de inscritos e, no Tik Tok, o atleta tem mais de 1 milhão de pessoas.
Nas redes sociais, Cariani também aparece com famosos, apresentadores de TV, celebridades e outros influenciadores. Ele ainda tem um site em que vende cursos e treinos, além de orientações de nutrição e mentorias na área financeira. Os planos custam a partir de R$ 49.90 por mês.
No início de dezembro, ele inaugurou uma loja de produtos fitness no Shopping Ibirapuera, em São Paulo.
Operação Hinsberg
A Polícia Federal cumpre 18 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo (16), em Minas Gerais (1) e no Paraná (1).
Segundo a PF, a organização emitia notas fiscais falsas de empresas devidamente licenciadas, como redes de farmácias multinacionais, para vender produtos químicos em São Paulo. O pagamento era feito em depósito através de “laranjas”.
A empresa está sendo investigada desde 2022, após uma farmacêutica avisar a PF que foi notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais expedidas em nome dela com pagamento em dinheiro não declarado.
Segundo a rede de farmácias, ela não adquiriu o produto e desconhecia dos fornecedores e dos depositantes.
Com as apurações, a PF identificou que entre 2014 e 2021, a organização emitiu notas no nome de três empresas: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.
A PF diz que aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos, como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, foram desviados para fabricação de crack e cocaína.