Um grupo de influenciadores digitais foi preso no Paraná por formação de quadrilha e por fazer falsas propagandas do “Jogo do Tigrinho”. A defesa dos suspeitos diz que eles não têm controle sobre a plataforma de jogos e que são inocentes.
Após a prisão, a polícia apreendeu carros e dinheiro (dólares) em espécie, e estima-se que o grupo tenha movimentado aproximadamente R$12 milhões ao longo de seis meses.
Entenda como funcona o jogo de azar
O caso aconteceu em Curitiba. Os influenciadores investigados por explorar jogos de azar, suspeita de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro foram contratados para fazer promoções e rifas eletrônicas, ganhando entre R$10 e R$30 por cada novo jogador cadastrado no jogo, segundo a polícia.
Nos compartilhados nas redes sociais, os falsos vencedores do jogo exibiam uma vida de luxo, mas na verdade faziam parte de um esquema criminoso milionário, baseado em iludir vítimas em potencial com a promessa de grandes ganhos financeiros por meio de apostas de novos participantes no jogo.
Em um vídeo, um dos influenciadores, identificado como “Du Campelo”, afirma ter ganho muito dinheiro com as “apostas” no jogo do tigrinho. "Olha aí, minha rapaziada. Ex-motoboy comprando carro de R$ 1 milhão”, dizia o influencer.
Além dele, outros influenciadores que foram identificados como Gabriel, Ezequiel e Ricardo, compartilhavam diariamente vídeos nas redes sociais exibindo a promessa de obter enriquecimento fácil e repentino através do tal jogo. A ostentação chamou a atenção da polícia do Paraná, que passou a investigar os lucros supostamente obtidos por meio do jogo do tigrinho.
A polícia concluiu que as plataformas de jogos ilegais contratavam os influenciadores para fazerem as campanhas de divulgação do jogo, em troca de pagamentos entre R$5 mil e R$15 mil por sete dias de trabalho ilegal. Além disso, os investigados ganhavam entre R$ 10 e R$ 20 para cada novo jogador que se cadastrava.