'Fui crucificada', diz PM que negou ajuda a jovem ameaçado por arma

'Eu já fui crucificada, massacrada e ameaçada. Agora vocês querem falar comigo?', disse a soldado à CNN

A medalha de Tamires Borges se deu pelo 'apoio prestado a um cidadão do Rio Grande do Sul'
Foto: Reprodução/Instagram @4cia5bpmm/Ponte Jornalismo
A medalha de Tamires Borges se deu pelo 'apoio prestado a um cidadão do Rio Grande do Sul'

Uma policial militar teve um vídeo divulgado nas redes sociais em que aparece negando ajuda a um adolescente negro sob ameaça de um homem armado em frente a uma estação do metrô de São Paulo.

A mulher disse estar sendo "crucificada" pelo ocorrido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a policial, identificada como Tamires Borges Coutinho Siqueira, deve responder pela omissão.

Tamires tem 28 anos e é soldado de primeira classe da Polícia Militar de São Paulo. No vídeo, é possível ver um homem armado — que foi identificado como o policial civil e investigador Paulo Hyun Bae Kim —, ameaçando um jovem negro.

O jovem recorre a Tamires, que diz a ele que está "de folga", e que o protocolo é ligar para o 190. Em seguida, ela afasta o jovem com um chute. A confusão se dissipa quando uma mulher entra na frente do investigador, fazendo com que o jovem consiga fugir.

O episódio aconteceu no último domingo (12/11).

“Eu já fui crucificada, massacrada e ameaçada. Agora vocês querem falar comigo?”, disse a mulher à CNN, que relatou estar sob forte pressão psicológica.

De acordo com a ouvidoria das polícias de São Paulo, o homem armado será afastado e desarmado.