Interpol é acionada para prender dois brasileiros no Líbano

Os dois brasileiros estão ligados a um esquema que planeja um ataque terrorista no Brasil; eles são suspeitos de terem ligações com o grupo Hezbollah

A bandeira do Hezbollah durante funeral de  Mohsen Hojaji, em setembro 2017
Foto: Ali Khamenei/Khamenei.ir
A bandeira do Hezbollah durante funeral de Mohsen Hojaji, em setembro 2017

A Interpol foi acionada para prender dois brasileiros que moram no Líbano, suspeitos de estarem envolvidos no planejamento de atos terroristas no Brasil. Ambos possuem dupla cidadania.

As investigações iniciaram após a informação da inteligência repassadas pelos governos de Israel e dos Estados Unidos. Isso acarretou na operação deflagrada nesta quarta-feira (08), com a ordem de prisão aos brasileiros.

A divisão antiterrorismo da Polícia Federal em Brasília foi informada sobre o caso, levantando um alerta para o fato de brasileiros, a maior parte com passagem criminal, estarem sendo aliciados e contratados pelos integrantes do grupo Hezbollah no Líbano. O intuito seria a promoção de ataques terroristas no Brasil.

Foi possível identificar que alguns dos brasileiros fizeram viagens recentes a Beirute, visando participar de encontros com o Hezbollah . Dessa forma, seria possível a definição de valores pela colaboração nos atos terroristas, além de definir as listas de endereços que seriam atacados e o recrutamento de executores.

Na noite da última terça-feira (07), um brasileiro foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), enquanto desembarcada de um voo. Nesta quarta-feira, outro brasileiro foi preso quando chegava de Santa Catarina.  Ambas as prisões são temporárias, com o período estipulado de 30 dias.

Os dois suspeitos serão ouvidos por um delegado de Brasília, que está dando seguimento ao caso. O depoimento será realizado em São Paulo, mas ainda não está acertado se os suspeitos ficaram no estado paulista ou se serão transferidos ao Distrito Federal.

Na operação desta quarta-feira, outros mandados foram cumpridos em Brasília e em Minas Gerais. Nessas operações, foram apreendidos celulares, computadores, agendas e anotações.

Segundo as investigações, os alvos presos no Brasil que estavam ligados ao Hezbollah estavam recrutando manis brasileiros para que os atentados terroristas ocorressem.