Nesta quarta-feira (1º), o presidente Lula (PT) anunciou o decreto para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em alguns dos principais portos e aeroportos do Brasil. Ou seja, o presidente decretou a atuação de agentes das Forças Armadas nesses locais, com poder de Polícia, para combate ao crime organizado, em especial as milícias do Rio de Janeiro.
Os 3.700 agentes designados para essa tarefa vão reforçar o patrulhamento até maio de 2024, com o apoio da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Força Nacional. De acordo com o ministro da Defesa, José Múcio, os militares vão patrulhar internamente os aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP), e poderão, inclusive, revistar bagagens.
A Polícia Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional terão o efetivo aumentado nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Também serão mantidos os agentes que já foram anteriormente cedidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para atuar no Rio de Janeiro.
Além disso, também haverá reforço nas operações realizadas nas fronteiras do país. Em ações conjuntas com a PF, PRF e Força Nacional, o Exército e a Aeronáutica cuidarão das fronteiras do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por sua vez, a Marinha realizará operações junto à Polícia Federal Baía de Guanabara (RJ), Baía de Sepetiba (RJ), porto de Santos (SP) e no Lago de Itaipu (RJ).
A medida ainda prevê a criação de um Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), com o objetivo de enfraquecer a rede de financiamento do crime organizado.
Todo o trabalho integrado das Forças Armadas com a PF será coordenado pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa. Ao final de 90 dias, as pastas deverão apresentar um plano para modernização tecnológica da cobertura de fronteiras terrestres e marítimas do país.