Atirador que matou aluna tinha feito B.O por bullying, diz família

Adolescente foi até a delegacia seis meses antes do ataque

Foto: Reprodução/TV Globo
Ataque em escola deixou uma menina morta na zona leste de SP


A família do adolescente responsável por atirar contra colegas na Escola Estadual Sapopemba revelou nesta terça-feira (24) que o menino registrou um boletim de ocorrência devido ao bullying e agressões que sofreu no colégio ao longo deste ano. A informação foi dada pela rádio CBN.

A mãe do adolescente o acompanhou até a delegacia em abril para registrar a queixa, mencionando desentendimentos com um grupo de meninas na escola. Estudantes que presenciaram a perseguição e também viram as redes sociais confirmam que o bullying e a homofobia eram motivos frequentes para a agressão ao atirador.

“Ele era muito zoado por causa da sua conta no Instagram, mas as pessoas não davam ouvido e continuavam zoando. Como ele era homossexual, era zoado por isso também. Ele não gostava”, revelou um dos estudantes à reportagem.

A defesa do adolescente afirma que ele sofria com o bullying há mais de dois anos, informação que servirá nas investigações das autoridades.

A polícia está atualmente investigando se o atirador agiu sozinho, se teve ajuda de alguém próximo, ou se houve incentivo através de redes sociais. As investigações estão em andamento para determinar a extensão das influências externas que podem ter levado ao ataque.

Outro aspecto da tragédia é a origem da arma usada no ataque. A investigação revelou que a arma pertencia ao pai do atirador e estava regularizada há mais de 20 anos.


O caso

O ataque foi feito por um adolescente de 15 anos, que usou uma arma para ferir três colegas. O atirador foi apreendido no local pela polícia e conduzido para a delegacia, onde está sob custódia enquanto as investigações prosseguem.

Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, morreu na segunda (23) após ser baleada na cabeça pelo garoto.

As outras duas vítimas foram levadas ao hospital e não correm risco de morte.