A polícia de São Paulo investiga se o atirador de 16 anos que matou uma jovem e deixou outros três feridos em ataque a uma escola na Zona Leste da capital paulista teve ajuda para planejar o crime ou se agiu sozinho.
O atentado foi registrado na manhã dessa segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba.
Conversas e fotos enviadas a um grupo em um aplicativo de manesagens indicam que o ataque foi planejado, informou o delegado responsável pelo caso. De acordo com ele, há indícios de que outras pessoas, inclusive de outros estados, sabiam da ação e podem ter contribuído para o crime.
A polícia, agora, trabalha para identificar essas pessoas, que, caso realmente tenham participação no planjeamento, podem ser indiciadas. Os agentes, desse modo, tentam obter os IPs (endereço do Protocolo de Internet) de computadores e celulares usados pelos supostos integrantes do grupo. Por meio desses códigos, é possível fazer a identificação dos donos dos aparelhos.
Além dos policiais da capital, agentes de outros estados foram acionados para colaborar com a investigação. Em São Paulo, o caso é apurado pelo 69º DP (Teotônio Vilela), em Sapopemba.
O ataque
O atirador entrou no colégio por volta das 7h30 da manhã de ontem e efetuou disparos contra alunos da instituição. A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local com cerca de vinte viaturas e um helicóptero. Ele se entregou à PM e foi encaminhado para o 70º DP (Sapopemba).
Os tiros partiram de um revólver calibre 38., que, segundo a Polícia Civil, era legalizado e pertencia ao pai do adolescente.
As vítimas foram socorridas, mas, uma delas, Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, morreu após ser baleada na cabeça.