Tiros em escola: Não somos capazes de combater bullying, diz Tarcísio

Governador lamentou morte

Foto: Reprodução
Tarcísio de Freitas


O governador Tarcísio de Freitas falou sobre a crescente falta de controle da violência nas escolas de São Paulo. O posicionamento ocorreu após um ataque a tiros na na Escola Estadual Sapopemba, que resultou na morte de uma aluna de 17 anos e deixou três estudantes feridos.

"A gente tem que combater o bullying, a gente tem que combater a homofobia, e depois de uma situação dessa você chega a conclusão de que ainda não somos capazes", declarou.

Esta não é a primeira vez que a violência atinge as escolas do estado de São Paulo em 2023. Em março, um evento similar ocorreu na Escola Thomazia Montoro. A situação é agravada pelo fato de a Escola Estadual Sapopemba atender a aproximadamente 1.800 alunos, e a violência ocorreu em um ambiente que já estava sob investigação devido a eventos anteriores.

"Um momento de novamente a gente fazer uma profunda reflexão sobre a efetividade daquilo que a gente tem colocado em prática desde a ocorrência de março, na Thomazia, lá na Vila Sônia. Infelizmente a gente se depara novamente com essa situação", pontuou o governador.

Uma das medidas anunciadas pelo governo após o ataque de março foi o aumento do número de psicólogos nas escolas, visando fornecer apoio emocional e identificar possíveis casos de alunos em situação de risco.

No entanto, essa medida, que foi prometida em abril, só começou a ser implementada mais de cinco meses depois. A escola afetada pelo recente ataque já contava com um psicólogo em serviço semanalmente a partir de agosto.

"Nós tivemos aí no último mês 15 atendimentos da psicóloga, a psicóloga atuando na escola, participando da atividade escolar, houve treinamento contra agressão ativa na comunidade escolar, ainda assim ainda não foi suficiente. Tá havendo um esforço muito grande pra evitar esse tipo de ação, um esforço da secretaria de segurança pública, junto com a secretaria da educação", complementou o governador.


O crime

A arma utilizada no episódio estava registrada desde 1994 e pertencia ao pai do agressor, um estudante de 16 anos que foi apreendido após entregar a arma à diretora da escola. Até o momento, a polícia não divulgou a motivação por trás do ataque nem a origem da arma.

Em resposta à violência na Escola Estadual Sapopemba, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a interrupção das aulas por 10 dias, um período de reflexão e reavaliação das medidas de segurança nas escolas do estado. A Polícia Militar respondeu prontamente à ocorrência, mobilizando helicóptero e 20 viaturas.

Os três estudantes feridos no ataque foram encaminhados ao Hospital Geral de Sapopemba, mas, até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde deles