PF oficia Exército para ter acesso a informações das armas furtadas

21 metralhadoras sumiram do Arsenal de Guerra de São Paulo no último dia 10 de outubro

Foto: Reprodução: Flipar
De acordo com a corporação, todos os recrutas, soldados e oficiais do Exército do local serão ouvidos na tentativa de descobrir onde o armamento foi parar.


A Polícia Federal oficiou o Exército pedindo informações sobre o caso do furto de 21 metralhadoras que sumiram do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri (SP), no último 10 de outubro.

A alta cúpula da PF de São Paulo vinha se reunindo desde o começo da semana para analisar qual a melhor forma de entrar na investigação. De posse das informações, a PF avaliará a possibilidade de instaurar um inquérito. 

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou por meio de nota que até esta quinta-feira (19),  ainda não há confirmação de suspeitos e que paralelamente à investigação, todos os militares do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) que tinham encargo de fiscalização ou controle e, comprovadamente cometeram irregularidades, serão responsabilizados e cumprirão punições disciplinares, à luz do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE). [Veja abaixo a nota na íntegra] .

Apesar de o furto das metralhadoras ter acontecido dentro de um quartel do Exército, a PF vê a prática de outros crimes como receptação de bens públicos da União e atuação de organização criminosa.



Entenda o caso

Desde que a ausência das 13 metralhadoras calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62.foram notadas durante uma inspeção no dia 10 de outubro , e um Inquérito Policial Militar foi instaurado, os militares do batalhão estão “aquartelados” no local, ou seja, não podem ir para casa e tiveram seus celulares confiscados. 

Mesmo com a nota oficial do Comando Militar do Sudeste informando que as armas são “inservíveis” , o que quer dizer que elas não estão funcionando, a Polícia Civil e a Polícia Militar estão fazendo buscas a procura das metralhadoras, mesmo sem participar diretamente das investigações.  

Neste final de semana, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o furto das metralhadoras pode ter "consequências catastróficas" se as armas forem para o crime organizado, podendo colocar em risco a população.

Nota oficial do Comando Militar do Sudeste

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informa que ainda não há confirmação de suspeitos. A investigação tem levantado indícios e, assim que confirmado, será divulgado de imediato. Paralelamente à investigação, todos os militares do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) que tinham encargo de fiscalização ou controle e, comprovadamente cometeram irregularidades, serão responsabilizados e cumprirão punições disciplinares, à luz do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE).