Nesta sexta-feira (6), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão não será necessário neste ano, mas não descartou a adoção da medida no futuro.
Ao falar sobre o horário de verão, Silveira afirmou que, "nesse ano, se continuarmos como está, não temos perspectiva de horário de verão", durante entrevista à Rádio Itatiaia nesta manhã.
Quando foi questionado, no entanto, sobre uma possível necessidade da volta da medida nos próximos anos, o ministro não descartou a chance. De acordo com ele, é preciso estar "muito atento à questão de segurança energética".
Na ocasião, também afirmou que o planejamento é "feito cotidianamente" pelo comitê de monitoramento do setor elétrico.
Anteriormente, no final de setembro, Silveira já havia dito que não há qualquer intenção do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em adotar o horário de verão ainda em 2023.
"Por enquanto, não tem sinais nenhum nesse sentido. Nós estamos com nossos reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos", afirmou ao conversar com jornalistas.
Ele disse que o horário de verão só vai voltar se tiver uma necessidade clara. "É importante que nós, o tempo todo, nos mantenhamos precavidos sobre a afirmação de que vai ou não vai acontecer. O horário de verão ele só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor energético brasileiro", explicou.
Na semana anterior, o Ministério de Minas e Energia divulgou uma análise técnica que concluiu pela não retomada do horário de verão neste ano, medida que havia sido suspensa em 2019. Esta decisão se baseou em diversos fatores que demonstram a força do sistema energético nacional.
A análise avaliou detalhadamente a situação dos reservatórios e a disponibilidade das fontes renováveis de energia no país, chegando à conclusão de que elas são mais do que suficientes para atender à demanda da população brasileira.