Polícia investiga se médicos executados no RJ foram mortos por engano

Uma das vítimas fatais era irmão da deputada federal Samia Bomfim (PSOL-SP)

Foto: Reprodução
Filho de miliciano conhecido como Taillon (esquerda) seria o suposto alvo do atentado, e foi confundido com uma das vítimas (direita)


A Polícia Civil declarou que a principal linha de investigação ao ataque a tiros contra um grupo de médicos na orla da Barra da Tijuca, que resultou em três mortos e um ferido, foi fruto de um engano dos assassinos. Outras linhas de investigação, no entanto, ainda não estão descartadas.

Diante do fato de que uma das vítimas, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim, era irmão da deputada federal Samia Bomfim (PSOL-SP),  a Polícia Federal também está acompanhando o caso a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo e se hospedaram no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa. A quarta vítima, única sobrevivente, foi levada ao hospital e está internada.

Informações da TV Globo apontam que os investigadores acreditam que traficantes cujo alvo era um miliciano da região de Jacarepaguá, confundiram o alvo do crime com o médico Perseu Ribeiro Almeida, devido às semelhanças físicas entre ambos. 



Uma vez que nada foi roubado e o grupo já chegou atirando, a polícia trabalha apenas com a hipótese de execução. O suposto alvo dos assassinos seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, que é apontado como um dos principais chefes de milícia da região. 

Taillon, que chegou a ser preso em 2020, mora perto do local onde as vítimas foram executadas. A polícia agora busca determinar se uma pessoa que viu os médicos no quiosque poderia ter avisado os assassinos.

A ação foi registrada por câmeras de segurança. É possível ver três homens descendo de um carro na Avenida Lúcio Costa, na madrugada desta quinta-feira (5), às 0h59. 

Assim que o veículo encosta, o grupo corre até as quatro vítimas e atiram pelo menos 20 vezes, enquanto as pessoas que estavam nas mesas ao lado saem correndo para se proteger. Toda a ação durou menos de 30 segundos.