A Polícia Federal (PF) prendeu na noite desta sexta-feira (29) uma foragida da Justiça brasileira que estava no Paraguai. A mulher era procurada por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.
O mandado de prisão cumprido pela PF havia sido determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de participação na invasão aos prédios públicos em Brasília, que deixaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal depredados.
A prisão aconteceu mediante cooperação entre a PF e autoridades policiais do Paraguai. A mulher compareceu voluntariamente ao Escritório Central Nacional da Interpol em Assunção, no país vizinho.
Seguindo o protocolo internacional, a suspeita foi entregue aos policiais federais brasileiros em Foz de Iguaçu (PR), cidade que faz divisa com o Paraguai. "Diante dos fatos, a brasileira segue à disposição do STF, e aguarda transferência para o Distrito Federal", informa a PF.
Presos pelo 8 de janeiro
Também nesta sexta-feira, a PF deflagrou a 18ª fase da Operação Lesa Pátria , que tem como alvo envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Desta vez, um mandado de busca e apreensão foi cumprido contra o general Ridauto Fernandes , ex-integrante das Forças Especiais do Exército e ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro (PL), suspeito de participar dos atos.
Até o momento, a Operação Lesa Pátria já cumpriu mais de 60 mandados de prisão e mais de 280 mandados de busca e apreensão, além de ter instaurado ao menos 17 inquéritos.
O STF já condenou três réus pelos atos golpistas . Aécio Lúcio Costa e Matheus Lima de Carvalho foram condenados a 17 anos de prisão, enquanto Tiago Mathar pegou 14 anos de prisão.