A primeira-dama Janja da Silva rebateu as críticas recebidas após postar um vídeo aterrizando na Índia em meio ao ciclone que deixou mais de 40 vítimas fatais no Rio Grande do Sul . Após as críticas, ela deletou o vídeo (Veja abaixo).
"Meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo", escreveu Janja na X, ex-twitter, após a polêmica.
No vídeo de sexta-feira (8), Janja aparece sorrindo e comemorando a chegada ao país para a cúpula do G30. "Namastê! Olá, Índia. Boa noite! Me segura que eu já vou sair dançando", diz Janja no vídeo logo após descer do avião presidencial.
Entre as críticas, deputados da oposição aproveitaram para atacar o governo. O deputado estadual gaúcho Professor Claudio Branchieri (Podemos) afirmou que Janja está "sambando na cara do brasileiro" e classificou a atitude da primeira-dama como "demonstração de deslumbramento juvenil e inconsequente". O ex-secretário de Cultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atual deputado federal Mario Frias também condenou a publicação:
"No Rio Grande do Sul, há 41 mortes, 85 cidades afetadas, 3 mil desabrigados e quase 8 mil desalojados. Enquanto isso, a Janja continua fazendo o que faz de melhor: ostentando viagem!", escreveu em suas redes.
Veja o vídeo deletado por Janja:
Post publicado - e posteriormente apagado - pela primeira-dama do Brasil. pic.twitter.com/NMzHkFbGt2
— Samuel Pancher (@SamPancher) September 8, 2023
Alckmin convoca ajuda
O presidente em exercício Geraldo Alckmin deve visitar o estado neste domingo (10) após convocar reunião ministerial nesta sexta para avaliar os estragos e o que poderia ser feito após o ciclone extratropical. O governo federal anunciou, ainda, uma série de medidas de apoio, como R$ 800 para cada pessoa desabrigada e distribuição de cestas de alimentos.
Lula, no entanto, não visitou o Rio Grande do Sul, mas ligou para o governador do estado.
Questionado, Alckmin justificou a ausência de Lula com uma "indisposição de saúde" e com o desfile do 7 de Setembro, nesta quinta-feira.
"Os seus ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de setembro, não tinha como sair. No dia anterior teve uma indisposição de saúde. Mas todo o governo empenhado em atender a região".