Ministro diz que RS ficou como 'cenário de guerra' após ciclone

Estado segue em alerta após fortes chuvas

Foto: Reprodução/Facebook
Waldez Góes

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, declarou nesta sexta-feira (8), em entrevista à GloboNews, que o  Rio Grande do Sul está como um "cenário de guerra" após os estragos provocados pelo ciclone extratropical que deixou 41 mortos no estado.

O estado segue em alerta para fortes chuvas, como as que ocorreram na noite de ontem. Góes afirmou, no entanto, que não houve registros de "maiores problemas" na noite anterior. 

Waldez relatou que o acumulado de chuva foi de 100 milímetros.

Graças a Deus não tivemos maiores problemas na noite de ontem em relação a esse temporal, mas o acumulado [de chuva] nos últimos dias é realmente desafiador, é um cenário de guerra. 

O governo reconheceu estado de calamidade em 79 municípios, com isso, as cidades poderão pedir repasses de recursos para atendimento à população de forma mais célere. 

O ministro disse estar alinhando com o governo do RS para que seja apresentado um plano de reconstrução de casas. "Em vez de a gente receber 79 planos [de cada uma das cidades], nós achamos que é mais ágil e coordena melhor um plano do governo do estado, levantando todas as informações, apresenta para nós um plano, e nós garantimos 100% dos recursos", disse ele.

O ministro deve retornar ao Rio Grande do Sul amanhã com o presidente em exercício Geraldo Alckmin. Lula está na Índia para participar da cúpula do G20. 

 Alerta ligado

Há previsão de volumes de chuva, nesta sexta-feira (8), em torno de 30 e 50 mm/dia nos Vales e no leste, chegando pontualmente aos 75 mm/dia no centro e norte gaúcho. Durante o dia, o tempo deve ficar estável, com retorno das chuvas no período da noite.

Para este sábado (9), a previsão é de manhã com tempo instável, com volta gradual do sol no Rio Grande do Sul. A metade Sul do estado deve ser atingida pelas chuvas intensas na segunda-feira (11). Mortes Em balanço divulgado às 19h, o governo confirmou que o número de mortos subiu para 41 em razão das enchentes que atingiram dezenas de cidades.

Das 41 mortes, a maioria, 15, foi registrada na cidade de Muçum. Os demais óbitos foram identificados em Roca Sales (10), Cruzeiro do Sul (quatro), Lajeado (três), Ibiraiaras (duas), Estrela (duas) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (uma morte em cada cidade). Segundo o governo estadual, 25 pessoas continuam desaparecidas. Os desabrigados somam 2.944 e os desalojados, 7.607.

No total, 122.992 foram atingidas de alguma forma pelas chuvas fortes após passagem de um ciclone extratropical. O número de municípios afetados também aumentou para 83. Mais cedo, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 79 cidades.