Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues
Reprodução/TV Anhanguera
Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues

A Justiça goiana condenou Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos. O caso ocorreu em agosto de 2021, na cidade de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a autora do crime tinha interesse em "saber se era ou não uma psicopata", o que teria motivado a emboscada para matar Ariane.

Ambos confessaram o crime. Raissa foi condenada a 15 anos de prisão e 10 dias-multa, enquanto Jeferson foi condenado a 14 anos de prisão e 10 dias-multa. Eles foram enquadrados nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O Ministério Público ainda tinha incluído o crime de corrupção de menor, por, segundo eles, ter a participação de uma adolescente. Entretanto, ambos foram absolvidos dessa acusação.

Raissa e Jeferson deverão cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia (GO). 

O julgamento dos réus durou cerca de 14 horas. A primeira pessoas a testemunhar foi a mãe da vítima, Eliane Laureano da Silva, que relembrou como foi o dia do desaparecimento da filha. Nas buscas, Eliane diz que Raissa e Jeferson fizeram parte de um grupo de familiares e amigos que auxiliavam, e passavam informações falsas para despistar.

A jovem desapareceu no dia 21 de agosto de 2021. Ela havia saído para lanchar com os amigos, mas não retornou para casa. O corpo dela foi encontrado sem vida em uma mata no Setor Jaó, na capital goiana, seis dias depois.

Raissa disse que estava arrependida da ação. Jeferson, por sua vez, diz que agiu por medo. A defesa dos réus pediu absolvição dos crimes, mas o juri entendeu que há materialidade e que a justificativa do crime foi torpe, além de impedir que a vítima pudesse se defender. 

Eliane diz estar insatisfeita com o resultado, e esperava que a pena fosse maior. À TV Anhanguera, ela diz: "Não [era o que esperava]. De jeito nenhum, muita indignação. Está todo mundo abraçando as suas mães. E eu? Estou abraçando quem agora? É muito pouco. Daqui a seis anos está todo mundo na rua."

Ariane foi morta esfaqueada após ser enforcada até desmaiar. De acordo com o MP, o assassinato teria ocorrido após Raissa querer "testar" se possuía transtorno de personalidade comportamental e antissocial (psicopatia). Para isso, ela mataria uma pessoa e veria se teria sentido remorso. Após o assassinato, eles desovaram o corpo da jovem, se limparam, e foram lanchar.

Outra envolvida no caso é a estudante Freya (nome social), que foi condenada em março a 15 anos de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

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