
O Sindicato dos Metroviários rejeitou a proposta apresentada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e decidiu retomar a paralisação total do metrô do Recife, numa greve geral. Assim, o metrô está completamente inoperante nesta segunda-feira (14). A categoria também iniciou hoje um movimento de reivindicações rumo a Brasília.
Anteriormente, a greve chegou a ser suspensa e o sindicato acatou uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), determinando a circulação parcial da frota. Contudo, diante da proposta que previa 3,45% de reajuste salarial, que sequer cobre o piso salarial da categoria dos metroviários, todos os trabalhadores voltaram a cruzar os braços por tempo indeterminado desde a sexta-feira (11).
"Não tem ninguém trabalhando, está tudo parado. Até porque a categoria está sentindo que não está sendo atendida nem no acordo coletivo, nem na questão sobre a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). A paralisação total continua, já que até agora a empresa e os órgãos do governo não se manifestaram favoráveis a uma nova negociação”, disse Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE.
O perfil do sindicato está convocando a categoria para iniciar um movimento de reivindicação rumo a Brasília (DF), para reforçar dois pontos que os metroviários consideram essenciais: a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2025 e a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND), ou seja, que a companhia não seja privatizada.
Em nota, a CBTU informou que está “adotando medidas cabíveis", para a retomada das operações do Metrô do Recife, e “reforça que sempre esteve e continua aberta para o diálogo com os sindicatos e entende que este é o melhor caminho para um acordo célere".