
Após a Polícia Federal pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contratou o advogado criminalista Daniel Bialski para representá-la no caso das investigações sobre um esquema de venda ilegal de joias recebidas como presentes oficiais durante viagens do agora ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL).
A decisão sobre a quebra de sigilo cabe ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que deve ouvir a Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito. Nesta segunda-feira (14), foi revelado que a PF já tem indícios o suficiente para indiciar Michelle por sua suposta participação no esquema.
O advogado que ela contratou já cuidou de sua defesa antes, além de ter trabalhado para a deputada federal Carla Zambelli, defendido o pastor e ex-ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro.
A estimativa atual é que a venda das joias gerou transações que ultrapassam R$1 milhão. Até o momento, já se sabe que três conjuntos de joias foram efetivamente postos à venda, e a PF ainda investiga se há mais presentes oficiais negociados ilegalmente.
Dois desses conjuntos de joias chegaram, inclusive, a serem recuperados numa operação de “resgate” realizada por aliados de Bolsonaro, de acordo com a Polícia Federal, quando o Tribunal de Contas da União (TCU), antes de saber da venda das joias, determinou que os objetos ficassem sob a custódia da Caixa Econômica Federal.