Caso Padre Airton: Polícia Civil indicia quatro pessoas

Além do religioso, foram indiciadas mais três pessoas: dois funcionários que estão foragidos, e uma quarta pessoa, por falso testemunho

Foto: Reprodução/Instagram
O religioso é alvo de cinco inquéritos policiais


Na tarde desta quarta-feira (26) a Polícia Civil indiciou quatro pessoas em dois dos cinco inquéritos abertos contra o padre Airton Freire, acusado de estuprar fiéis - com ajuda de seus funcionários - durante retiros espirituais em Arcoverde, município localizado na região do Sertão do Moxotó, em Pernambuco. A defesa nega as acusações.



Além do religioso, que está preso, há pessoas indiciadas que continuam foragidas: Landelino Rodrigues da Costa Filho e Jailson Leonardo da Silva, esse último suspeito de estuprar a personal stylist Silvia Tavares, primeira vítima que procurou as autoridades e levou o caso a público.

Além de cumprir mandado de prisão preventiva, o padre também está internado em estado grave na UTI do Real Hospital Português de Beneficência, no Recife, em decorrência de um "princípio de acidente vascular cerebral (AVC)". A defesa dele nega as acusações.

Além do padre e dos funcionários, segundo a polícia, uma quarta pessoa - que não foi identificada nem tem mandado de prisão expedido - foi indiciada por atrapalhar as investigações prestando falso testemunho. 

"São mulheres que não se conhecem, e um homem, também, que detalham de forma emocionada, demonstram dor em relembrar os fatos, e não há nenhum indicativo de que estão inventando, fantasiando algo sobre um homem que, por elas, era tido como um homem santo. Todos os elementos que nao podemos dar detalhamento corroboram para essa linha", disse Andreza Gregório, a delegada que comanda a investigação na Delegacia de Afogados da Ingazeira - PE.

Por sua vez, a delegada Fabiana Leandro, diretora do Departamento da Mulher, informa que outras vítimas foram identificadas após a denúncia de Silvia Tavares. Ela reforça o apelo para que outras possíveis vítimas também denunciem o caso às autoridades.

“Nosso número está à disposição da população para outras vítimas que queiram realizar denúncias, testemunhas e colaboradores. O telefone é (81) 99488.7082”, disse a delegada.

[Em atualização]