Saiba quem é Suel, preso por participação no caso Marielle e Anderson

O ex-sargento dos Bombeiros Maxwell Simões Correa é apontado como cúmplice de Ronnie Lessa, assassino da vereadora e seu motorista

Foto: Reprodução
Maxwell Simões escondeu armas que podem ter sido usadas no crime contra a vereadora


Nesta segunda-feira (24), o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal prenderam Maxwell Simões Correa, ex-sargento do Corpo de Bombeiros conhecido como “Suel”, apontado pelas investigações como cúmplice no assassinato de da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes , que também morreu durante o ataque à vereadora. Ele é um dos melhores amigos de Ronnie Lessa, apontado como autor do crime, e o ajudou a esconder e descartar armas usadas no assassinato.

Maxwell já foi preso antes, em 2020, quando seu carro estava entre os alvos de uma operação de busca e apreensão para elucidar a execução da vereadora e seu motorista. Ele foi a pessoa que salvou a vida de Lessa durante uma troca de tiros no Quebra-Mar da Barra da Tijuca, logo após os assassinatos de Marielle e Anderson, quando o ex-PM sofreu um assalto e precisou de ajuda. 

A acusação que pesa contra Suel é ter cedido seu carro para a quadrilha liderada por Lessa esconder as armas por uma noite , o que teria ocorrido em março de 2019, antes de outro comparsa - Josinaldo Freitas, o Djaca -  recolhê-las e jogá-las no mar para evitar a apreensão.

A Polícia cogita que uma das armas em questão foi utilizada na execução de Marielle. Assim sendo, o ex-bombeiro foi condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista. Ele cumpria pena em regime aberto até ser novamente detido nesta segunda (24). 

A vida de luxo, muito acima dos padrões que o seu salário líquido de cerca de R$ 4.600 por mês permitiria, também chama a atenção e torna Suel um alvo de fortes suspeitas. O carro que foi apreendido - e que teria servido de esconderijo para as armas - é uma BMW-X6 avaliada em R$ 200 mil na época da primeira prisão do ex-sargento em 2020. 


Em 2020, quando o veículo foi alvo de busca e apreensão, Maxwell tentou omitir ser dono do veículo por meio de falsas testemunhas, mas acabou desmascarado. Na garagem da casa dele - uma residência de luxo num condomínio no Recreio dos Bandeirantes avaliada em cerca de R$ 2 milhões - a polícia também encontrou uma lancha. 

Além disso, “Suel” adora ostentar sua vida de riqueza. Nas redes sociais, há fotos dele em sua piscina tomando cervejas caras também revelam um cordão dourado, provavelmente feito em ouro.

O ex-sargento também é dono de um apartamento luxuoso de frente para a praia na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, avaliado em R$ 2 milhões, num condomínio formado por três prédios, com piscina, bar, restaurante e academia.