Lula ordena que GSI tenha mais civis

O general-ministro Marcos Amaro diz ser a favor da decisão

General Amaro é nomeado para chefiar GSI
Foto: redacao@odia.com.br (Estadão Conteúdo)
General Amaro é nomeado para chefiar GSI

O general ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Marcos Antônio Amaro dos Santos, disse que por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende compor o órgão com civis na equipe. "É uma orientação do presidente", diz o substituto de Gonçalves Dias na liderança do cargo. A informação foi dada à Carta Capital.

Amaro foi chefe de segurança presidencial de Dilma Rousseff, e está trabalhando para criar uma secretaria-executiva-adjunta no GSI com o intuito de ser chefiada por um civil. Entretanto, o escolhido para ser o secretário-executivo de Amaro foi em conjunto com o comando do Exército: o general Ivan de Souza Corrêa Filho. Ele é especialista em comunicação e em cibernética, tendo no histórico o Batalhão de Guerra Eletrônica, o Centro de Defesa Cibernética e o Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, tendo atuado como chefe nos dois últimos.

O GSI trabalha para construir quatro secretarias, sendo uma delas a de Segurança da Informação e Cibernética, ao qual Amaro diz que cabe um adjunto civil. A secretaria poderia também ser chefiada por um civil, mas que a comanda é o brigadeiro Luiz Fernando Moraes da Silva.

Para general Amaro, a decisão de incluir civis no GSI acaba esbarrando na falta de cargos que o comporte, tendo que ser criados alguns. Para ele, a estruturação pautada em servidores militares é muito mais fácil, sendo uma "solução econômica para a Presidência”, por conta da desburocratização do salário. Amaro explica que para um militar trabalhar no GSI, ele terá o salário da caserna, e será gratificado com um adicional.

Mas Amaro diz que uma vez que está disposto a cercar-se de civis, isso significaria também uma remilitarização de algumas repartições ao qual Lula havia delegado a civis, como no caso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da segurança presidencial. A Abin responde à Casa Civil desde março.

Amaro diz que caso a Abin mantenha-se na Casa Civil, será necessário que a legislação seja mudada para o Congresso se dirija à pasta nos casos de controle externo da Abin, não mais ao GSI. Isso ocorre quando necessário a coleta de informações, por exemplo. Outra coisa é o recebimento de informações da Abin pelo GSI, para que ocorra a segurança do presidente, coisa que é maus complexo de acontecer.