Investigado pela PF; médico teria pedido cartão de vacinação em branco

Durante um conversa entre ele e uma enfermeira, o médico teria pedido um cartão de vacinação em branco

Farley Vinícius de Alcântara, médico em Goiás, foi citado 38 vezes em decisão para investigar Bolsonaro
Foto: Reprodução/redes sociais
Farley Vinícius de Alcântara, médico em Goiás, foi citado 38 vezes em decisão para investigar Bolsonaro

Um médico identificado como Farley Vinícius de Alcântara está sendo alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em uma fraude.

O profissional teria solicitado a uma enfermeira, Dzirrê de Almeida Gonçalves , um cartão de vacinação em branco . O caso veio à tona após um print da conversa entre os dois ser divulgado pela imprensa goiana.

Foto: Arquivo pessoal/Dzirrê de Almeida Gonçalves
Médico pede à enfermeira um cartão de vacina em branco, em Cabeceiras, Goiás

Na conversa, que ocorreu em 25 de novembro de 2021, o médico teria pedido um cartão de vacinação em branco.

A resposta da enfermeira indica que na unidade de saúde em que ela trabalha não possuíam o que ele estava solicitando.

Ela menciona também que a última vez que havia conversado com Farley foi durante um plantão realizado no Hospital Municipal de Cabeceiras , no  Distrito Federa l, em maio de 2021.

A enfermeira afirmou que não questionou o motivo pelo qual o médico desejava o cartão em branco e que jamais imaginou que ele o utilizaria para fins ilícitos. Ela relatou que após informar que não possuíam o documento solicitado, Farley não entrou mais em contato ou deu qualquer explicação sobre a finalidade desse pedido.

Suposta ligação com Mauro Cid

Farley Vinícius de Alcântara é sobrinho do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis , ex-membro da equipe de Mauro Cid , que foi preso recentemente em uma operação da Polícia Federal .

Segundo as informações da polícia, além de fornecer o cartão falso de vacinação, retirado do comprovante de vacina de uma enfermeira imunizada em Cabeceiras, o médico também teria entregue outro cartão em branco, pois o grupo não conseguiu cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro.

Dzirrê de Almeida Gonçalves, a enfermeira que recebeu o pedido, negou qualquer envolvimento na fraude.

Ela declarou que trabalha na coordenação da Unidade Básica de Saúde 3 na cidade e que, na época em que as fraudes ocorreram, atuava no posto de saúde responsável pelas vacinações da Covid-19.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, e a defesa do médico ainda não se pronunciou sobre as acusações. 

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