Justiça encerra audiências dos 3 acusados pelas mortes de Dom e Bruno

Defesa dos réus e MPF terão dois dias para apresentar alegações finais

Dom Phillips e Bruno em ilustração que pede justiça pelo assassinato da dupla
Foto: Reprodução / Arte de Cris Vector
Dom Phillips e Bruno em ilustração que pede justiça pelo assassinato da dupla


A Justiça Federal em Tabatinga (AM) finalizou as audiências dos três acusados pela morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que foram assassinados em junho do ano passado. 

Fabiano Verli, juiz responsável pelo caso, definiu um prazo de dois dias para que a defesa dos réus e o MInistério Público Federal apresentem suas alegações finais, antes do processo retornar para o juiz e ele decida se os acusados irão a júri popular. 

Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, os três acusados de matar o jornalista britânico e o indigenista brasileiro, estão detidos em presídios de federais localizados no Paraná no Mato Grosso.


Assassinos alegam legítima defesa

Os acusados voltaram atrás na confissão que tinham feito à polícia e  passaram a alegar legítima defesa. Eles disseram que Bruno teria atirado primeiro.

Em entrevista à Agência Brasil , o advogado da família de Dom, Rafael Fagundes, disse que, no depoimento que prestaram na polícia, os acusados haviam confessado que atiraram primeiro.

“Esse movimento é natural. É direito deles se defender, ainda que a versão que eles tenham apresentado não se sustente, nem do ponto de vista lógico, nem do ponto de vista das provas dos autos”, disse o advogado.

Relembre o caso

Bruno e Dom desapareceram em 5 de junho de 2022. Três suspeitos foram presos pelo crime: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado — que confessou o crime —, Oseney da Costa Oliveira, o Dos Santos, e Jeferson da Silva Lima, o Peladinho ou Pelado da Dinha — que assumiu ter participado, mas negou que tenha feito disparos.

Outros cinco já foram identificados pela polícia e são investigados. Os agentes tentam ainda chegar a outros nomes que teriam ajudado os assassinos a esconderem os corpos.

A polícia conseguiu chegar até os corpos depois que o assassino confesso, conduzido, levou os agentes até o local onde eles foram enterrados, mais de 3 quilômetros adentro das margens do Rio Itaquaí.

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