A Polícia Federal informou que o ex-militar Ailton Barros (PL-RJ) irá depor no inquérito do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão veio após Barros enviar mensagens ao tenente-coronel Mauro Cid, dizendo que tem conhecimento sobre quem foi o mandante da morte da vereadora carioca.
As mensagens foram analisadas pela PF após a prisão de Cid na última quarta-feira (03), durante a Operação Verine, que investiga a fraude nas carteiras de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Laura Bolsonaro.
A declaração do militar da reserva sobre Marielle foi encontrada em conversa interceptada pelos policiais federais. Porém, não há qualquer elo com a apuração em relação a investigação dos cartões de vacina.
A Polícia Federal confirmou que a troca de mensagens aconteceu no final de novembro de 2021. Os áudios foram transcritos e entregues para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. “Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, disse Barros na mensagem captada.
Com isso, o conteúdo das mensagens foram encaminhados à PF do Rio de Janeiro, responsável pela investigação da morte da vereadora em 2018. O caso tomou prioridade após um pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A data do depoimento ainda segue incerta.