Relatora do processo entre Bolsonaro e Janones é escolhida

A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia ficará responsável pelo caso

Ministra Cármen Lúcia, do TSE, durante sessão plenária
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil - 27/06/2022
Ministra Cármen Lúcia, do TSE, durante sessão plenária

O Supremo Tribunal Federal ( STF ) decidiu nesta quarta-feira (19) que a ministra  Cármen Lúcia será a  relatora do  processo  aberto por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente está movendo uma acusação de calúnia e injúria contra o deputado André  Janones (Avante-MG), protocolado na última segunda-feira (17).

O ex-presidente pede que além da condenação,  Janones faça o pagamento de uma indenização de no mínimo R$ 20 mil por ofensa dirigida à  Bolsonaro . A defesa argumenta que o valor é referente aos danos causados.

A ação foi movida após o deputado fazer uma publicação no dia 5 de abril, ao qual chama  Bolsonaro de "assassino" e que o ex-presidente foi "inspiração" para o autor do massacre em uma instituição de ensino na cidade de Blumenau.


Em outra publicação,  Janones  chamou  Bolsonaro de "ladrãozinho de joias" e "bandido fujão". A data marca o comparecimento do ex-presidente à Polícia Federal para prestar depoimento sobre a investigação das joias vindas da Arábia Saudita. 


No dia 29 de março, ele teria publicado também se referindo à  Bolsonaro como "miliciano ladrão", também sendo colocado na queixa-crime.


Ainda que o deputado não cite o nome de  Bolsonaro nas publicações, a queixa-crime diz que "dúvida não há" sobre quem Janones  fala nas publicações. Para a defesa do ex-presidente, a intenção é de "atacar a honra", além dos tweets possuírem milhares de compartilhamentos nas redes sociais.