Ataque em creche: professora diz que trancou sala para salvar bebês

O prefeito de Blumenau disse que o autor do ataque agrediu crianças que estavam no pátio e outras dependências

Ataque em creche de Blumenau
Foto: Reprodução: redes sociais - 05/04/2023
Ataque em creche de Blumenau

Após o  ataque em uma creche de Blumenau (SC) nesta quarta-feira (5 ) , uma das professoras disse que trancou a sala onde ficam os bebês para tentar protegê-los. Um homem de 25 anos matou quatro crianças e feriu outras três nesta manhã. 

"Tranquei a sala com os pequenos e chamei a polícia", disse a professora Simone Aparecida.

Ela conta ainda que o assassino não tinha somete uma arma. 'No parquinho, a turma do pré estava toda no parque fazendo uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma", relatou a professora à NSC TV.

No momento, o local está isolado e há mobilização de bombeiros e policiais para atender familiares. Segundo a Polícia Militar , o homem pulou o muro da instituição, que é particular, e atacou as crianças com uma machadinha.

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, disse que o autor do ataque a creche agrediu crianças que estavam no pátio e outras dependências.

"É uma creche privada, não é do município, não tem nem convênio, tem boa estrutura, boa equipe de professores. Tem um muro alto, inclusive, e o indivíduo pulou o muro e entrou na escola e atingiu as crianças que estavam no pátio", afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Gaúcha.

Ainda, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, disse que o criminoso deixou a creche pela porta da frente e depois se entregou à polícia.

"Em princípio as informações são de que elas estavam no pátio e também dentro da escola, informações preliminares. Ele fez uso de uma machadinha e estava tripulando uma motocicleta, depois ele saiu pela própria porta da creche e ato continuou. Acabou se apresentando no batalhão da polícia militar aos policiais que estavam fazendo a guarda", declaro Gabriel em entrevista à Rádio Gaúcha.

Medidas de segurança nas escolas

Devido ao  ataque em uma escola na Zona Oeste de São Paulo na semana passada e uma tentativa de atentado em uma escola na Zona Sul do Rio, algumas medidas de segurança estão sendo testadas para reforçar a segurança no ambiente escolar.

No Rio, o governador Cláudio Castro anunciou uma série de medidas para escolas públicas e privadas. Entre elas está a criação de um aplicativo com botão de pânico e treinamento para professores em caso de ataques.

Segundo a Polícia Militar, os profissionais podem acionar rapidamente o botão e comunique às autoridades policias situações de risco. O governador informou ainda que o acesso ao aplicativo está disponível para escolas públicas, nas redes municipal, estadual e federal, e particulares. 

O novo serviço desenvolvido pela PM estará disponível para todas as instituições de ensino no prazo de 30 a 60 dias.

Após o ataque na Escola Thomazia Montoro no dia 27 de março, em que uma professora morreu após um aluno, de 13 anos, esfaquear ela e outras três profissionais , o  ministro da Educação , Camilo Santana, afirmou que pretende propor a criação de um grupo interministerial para tratar de questões relacionadas aos atentados em escolas .

Segundo o ministro, a odeia é envolver outros ministérios, como o da Justiça e o de Direitos Humanos, e a Secretaria-Geral da Presidência, sob a qual está a Secretaria Nacional da Juventude.

Na proposta apresentada por Santana, ele inclui, ainda, a participação de prefeituras e estados com o objetivo de pensar em ações concretas multisetoriais no combate ao problema que tem crescido no país.


Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.