RJ: influencer é denunciada ao gravar vídeo burlando estações de trem

Vídeo viralizou nas redes sociais e Supervia protocolou notícia-crime contra ela; concessionária afirmou que acessar o sistema ferroviário sem pagar é crime

Influenciadora compartilhou vídeos na internet pulando barreiras e burlando estações de trem no Rio de Janeiro
Foto: Montagem iG / Imagens: reprodução / redes sociais
Influenciadora compartilhou vídeos na internet pulando barreiras e burlando estações de trem no Rio de Janeiro

A Supervia , concessionária que opera os trens do Grande Rio , protocolou uma notícia-crime contra a influenciadora digital Lian Mersi, após ela publicar nas redes sociais um vídeo burlando as estações para não pagar a passagem. A ação foi aberta na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil , nessa segunda-feira (3).

Em vídeos compartilhados nas redes, Lian se filma enquanto pula muros da Supervia e sobe nas plataformas de embarque pela linha férrea . Nas imagens, ela aparece dizendo que estava fazendo aquilo devido ao preço da passagem, que é de R$ 7,40.

“Com 20 centavos, a gente já quebrou tudo. Agora com R$ 7, eu perco meu réu primário”, disse a influencer na gravação, em tom de brincadeira e fazendo referência aos protestos de junho de 2013.

Apesar de, em uma das imagens aparecer uma placa da concessionária alertando sobre os perigos de acessar a linha férrea , a influenciadora não se intimidou e continuou a ação.

No vídeo, ela chegou até mesmo a debochar do valor da passagem e pedir uma cerveja dentro da composição — por um valor que corresponde ao da tarifa.

A publicação viralizou e teve mais de um milhão de curtidas em diferentes redes sociais.

De acordo com a Supervia , a entrada no sistema ferroviário sem pagar a passagem é configurada como crime .

“Para além do prejuízo financeiro e dos impactos na circulação de trens, a concessionária alerta para os riscos causados pelo trânsito indevido na via. A linha férrea é área exclusiva para a circulação dos trens, e o trânsito irregular de pessoas por meio de passagens clandestinas é um risco para a vida de pedestres e de todos que utilizam esse meio de transporte”, afirmou a concessionária.

Em pronunciamento feito em vídeo nesta terça-feira (4), Lian disse que o fato de ter sido protocolada uma notícia-crime contra ela é uma "sacanagem".

"Me ferrei, amigos e amigas", disse ela no início da gravação. "Não tem condições de eu ir para a cadeia porque eu pulei o muro da Supervia. Manda a conta que a gente vai fazer na linha do Pix", afirmou.

Nota completa da Supervia:

“A entrada no sistema ferroviário sem pagamento da passagem é crime. Para além do prejuízo financeiro e dos impactos na circulação de trens, a concessionária alerta para os riscos causados pelo trânsito indevido na via. A linha férrea é área exclusiva para a circulação dos trens, e o trânsito irregular de pessoas por meio de passagens clandestinas é um risco para a vida de pedestres e de todos que utilizam esse meio de transporte”

.”A SuperVia atua no combate a essa prática e realiza, rotineiramente, campanhas de conscientização sobre esse risco por meio dos canais de comunicação oficiais. Paralelamente, a empresa monitora a abertura irregular de buracos ao longo da via. Por mês, a SuperVia fecha até dez buracos, mas eles são reabertos em pouco tempo, principalmente em áreas conflagradas”.

“Sobre o valor da tarifa, também retratada nos vídeos, o contrato de concessão da SuperVia prevê o reajuste anual com base no IGP-M acumulado, e foi homologado pela Agetransp. A passageira pode verificar se atende aos pré-requisitos para habilitar o Bilhete Único Intermunicipal e ter acesso à tarifa social. Desta forma, o valor da passagem cai dos atuais R$ 7,40 para R$ 5”.

“A SuperVia reforça que a incitação e a apologia à prática de crime também são condutas reprimidas pela legislação penal brasileira”.

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