A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, anunciou o afastamento cautelar de 10 calouros de jornalismo. Segundo a universidade, houve a denúncia de trocas de mensagens com cunho racista e apologia ao nazismo em um grupo de WhatsApp com os ingressantes. As investigações foram abertas na última semana.
Os envolvidos são alunos do primeiro ano de jornalismo, ao qual veicularam mensagens com imagens de Hitler e com comentários racistas (confira nos prints acima).
A universidade disse que uma comissão de inquérito disciplinar analisa o caso em sigilo, com a possibilidade de expulsão dos envolvidos. Na nota divulgada pela UEPG, eles informam que: "ao tomar conhecimento, via redes sociais, de um possível caso de racismo num grupo de mensagens de alunos do curso de jornalismo, encaminhou a denúncia à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e à Ouvidoria. A instituição reforça que tem atuado ativamente contra o racismo, no atendimento e processamento de denúncias, além do desenvolvimento de campanhas contínuas sobre o tema".
O Departamento de Jornalismo se pronunciou sobre o caso, e publicou uma nota de repúdio nas redes sociais. Nela, destacam que o Departamento acompanhará o caso de perto, e que o "Curso de Jornalismo sempre combateu práticas racistas e preconceitos de classe, gênero, sexualidade, entre outros, e continuará realizando atividades pedagógicas de caráter educativo para os estudantes e a comunidade universitária".
Segue o posicionamento de Jornalismo UEPG.
O curso não tolera, repudia e combate práticas racistas e preconceitos de classe, gênero, sexualidade, entre outros. pic.twitter.com/wZaMqZnbxo— Dejor - Jornalismo UEPG (@jornalismouepg) March 24, 2023
A Associação Atlética de Jornalismo (AAJ/UEPG) também se pronunciou nas redes sociais, ao qual repudiaram as mensagens veiculadas.
Esta não é a primeira vez que a universidade tem casos de comentários racistas. O Conselho Universitário da Universidade de Ponta Grossa expulsou quatro alunos do curso de Agronomia por atividades semelhantes às vistas agora. O inquérito foi aberto em setembro de 2022, sendo decidido a expulsão em dezembro de 2022.