O adolescente de 13 anos responsável pelo ataque a faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na capital paulista , presta depoimento na delegacia de polícia e vai ser liberado. Ao iG , o delegado Marcos Vinicius Reis, do 34ºDP, afirmou que o agressor vai ser levado para o Fórum Brás (Varas Especiais da Infância e Juventude), em São Paulo .
Hoje também foi ouvida a professora de educação física Cíntia, que conseguiu imobilizar o adolescente e fazer com que a faca fosse retirada da mão dele . Os alunos continuam chegando na delegacia para prestar depoimento.
Um aluno que era da sala do autor do ataque já prestou depoimento e foi visto deixando a delegacia. Segundo apurou a reportagem, ele tentou parar uma briga relatada por outro estudante ao iG envolvendo o agressor.
O ataque
Na manhã desta segunda-feira (27), um aluno invadiu a escola estadual na capital paulista com uma faca e atacou estudantes e docentes da instituição . Na ocasião, três professoras e um aluno ficaram feridos.
Uma das professoras, porém, não resistiu. Elisabete Tenreiro sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital das Clínicas ainda nesta manhã.
Câmeras de segurança de uma das salas de aula flagraram o momento em que o agressor golpeou uma professora nas costas e, enquanto tentava ferir mais uma vítima, outra professora o agarra por trás para retirar a arma branca da mão dele. Enquanto ela segura o adolescente, uma terceira aparece para arrancar a faca que ele portava.
Ao iG , alunos da escola relataram que o agressor sofria bullying e rebatia as ofensas dizendo que "ia matar todo mundo". Os estudantes chegaram a mencionar que o suspeito teria se inspirado no massacre de Suzano (SP), que deixou 10 mortos, entre alunos e professores, em 2019.
Mais cedo, policiais informaram que ele planejava o ataque há dois anos, mas as motivações do crime ainda estão sendo investigadas.
O responsável pelo atentado foi aluno da escola , havia pedido transferência e retornado para a Thomazia Montoro no dia 15 de março, segundo o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder.
"Durante o período de permanência dele aqui, a diretora Vanessa não tinha nenhum aviso, não tinha ciência de nada que chamasse a atenção. A escola foi pega desprevenida", afirmou ele, durante coletiva de imprensa.
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