Lira chama Calheiros de 'bobo' que se comporta de maneira incendiária

A alegação foi feita em um tweet no perfil do presidente da Câmara

Lira reforçou reforçou que o Senado não pode ficar refém de políticas locais
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Lira reforçou reforçou que o Senado não pode ficar refém de políticas locais

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) se "comporta de maneira ridícula, panfletária e incendiária”. Calheiros havia dito anteriormente no Twitter que o presidente da Câmara pretendia "rasgar a Constituição" e "fechar o Senado".

O senador apresentou na última quarta-feira (22) uma questão de ordem para que houve o retorno imediato da comissão mista. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instalou os colegiados mesmo que sem o aval da Câmara.

Ainda nesta quinta-feira, Lira ironizou a questão de protagonismo de Calheiros e de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado, afirmando que a Casa não pode ser refém das questões políticas regionais dos estados em que eles são senadores (Alagoas e Amapá respectivamente), completando que há "algumas dificuldades" para entender as pessoas que "mandam e dirigem" o Senado.

Vale ressaltar que segundo a Constituição, assim que uma MP chega ao Congresso, elas devem ser analisadas por uma comissão mista própria, com a presença de deputados e senadores. Entretanto, durante o período pandêmico, as MPs começaram a ser votadas primeiro pelo plenário da Câmara, e depois pelo Senado.

Isso fez com que tirasse o poder dos senadores, que pedem a volta do antigo sistema o quanto antes. Mas, segundo Lira, os líderes da Câmara não querem "abrir mão de prerrogativas".

Lira pediu em entrevista nesta manhã para que pudesse conversar diretamente com Pacheco sem que houvesse a interferência de "senadores com mais radicalidade na condução desse tema”.

"Na essência, o que há não é a briga do Senado de ter o protagonismo –porque ele não terá essa prerrogativa–, a briga de alguns senadores é para voltar as práticas antigas de incluir no texto matérias estranhas às medidas provisórias enviadas pelo Executivo", concluiu o presidente da Câmara.