Na noite desta terça-feira (31), um tremor de terra de magnitude 2.8 na escala Richter (mR) foi registrado em Divinolândia (SP). Moradores de outras cidades da região, que fica na fronteira entre o estado de São Paulo e o sul de Minas Gerais , também relataram o ocorrido.
De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade Federal de Brasília , o epicentro do tremor aconteceu em Divinolândia, mas também foi sentido nas cidades de Caconde , São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Vargem Grande do Sul (SP) e Poços de Caldas (MG).
Ainda segundo o Observatório, a atividade sísmica ocorreu por volta das 22h30, em uma área da zona rural.
O coordenador da Defesa Civil de Divinolândia, Ivandercir Aparecido Cardoso, afirma que não houve nenhum chamado para solicitação de atendimento ou vistoria em decorrência do abalo, apenas trocas de informações e relatos entre moradores via redes sociais.
Naiara Caroline Custódio, que mora em Divinolândia, estava acordada quando o abalo começou.
"Moro em um sobrado, era aproximadamente 22:28 quando ouvimos a porta de vidro tremer. Continuou aumentando a intensidade, então me levantei rápido pra olhar lá fora, até o momento só estava curiosa, quando de repente fez um barulho muito alto e tremeu tudo. O som foi diminuindo aos poucos" , relata.
Nas redes sociais, habitantes de outras cidades da região também comentaram sobre o tremor de terra. Vinicius de Oliveira Barbosa mora em Caconde (SP), a 25 km de Divinolândia, disse que o barulho foi bem forte e fez as janelas de sua casa tremerem.
"A princípio pensei ser um trovão, até sai para fora de casa para ver, mas percebi que o barulho vinha de baixo pra cima. Logo em seguida, as janelas tremeram e as coisas de vidro vibraram bem forte. conta. Até os animais sentiram, pois no momento latiram assustados. Mas foi bem rápido", conta.
O professor George Sand França, que atua no Observatório Sismológico, explica que o abalo é de magnitude baixa e não representa motivo para preocupação, e que "é natural a atividade sísmica na região."
"Os tremores geralmente são de pequena magnitude e não são para causar danos. Podemos estar atentos às ocorrências, mas até o presente momento o comportamento se repete" , diz.
O pesquisador também disse que há a possibilidade dos moradores da região sentirem outros abalos nos próximos dias.
"Geralmente, os tremores são menores do que o principal (maior evento ocorrido recente) e são chamados de pós abalos. Entretanto, é importante não podemos afirmar se vai ter ou se não teremos tremores ainda não chegamos no campo da previsão", diz.
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** Marina Semensato é estudante de Jornalismo na Universidade Estadual Paulista (UNESP). No iG desde 2021, é estagiária em Último Segundo.