Ao menos 150 pessoas foram presas neste domingo (8) pela participação de atos antidemocráticos e invasão aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Polícia Legislativa, todos foram presos no prédio do Senado.
O número de detidos pode ser ainda maior, se contabilizar os presos no Palácio do Planalto. A Polícia Militar ainda não informou o saldo de presos nos prédios em Brasília.
Na tarde deste domingo, grupos bolsonaristas invadiram prédios públicos para protestarem contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado e pedir uma intervenção militar.
Os atos antidemocráticos já estavam previstos há algumas semanas, mas eram esperados para segunda-feira (9). No sábado (7), caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.
Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
Manifestantes entraram em confronto com a Força Nacional e, segundo informações iniciais, um veículo da FN ficou pendurado no espelho d’água do Congresso.
A cúpula petista culpou o governo do Distrito Federal pela falta de segurança na Praça dos Três Poderes. Para o presidente Lula, as forças de segurança foram “incompetentes” e tiveram “má vontade” para segurar as manifestações. O petista ainda determinou a intervenção federal na segurança pública de Brasília.
Após as invasões e a divulgação de pouca resistência da Polícia Militar do DF, o governador Ibaneis Rocha exonerou o secretário de Segurança Pública Anderson Torres. Torres está na Flórida, nos Estados Unidos, onde passa férias com a família.
A Advocacia-Geral da União (AGU) ainda pediu ao STF a prisão de Anderson Torres. Segundo o advogado-Geral, Jorge Messias, o ex-secretário foi conivente e não tomou providências para as manifestações bolsonaristas neste fim de semana.