Dino estuda criação de grupo antiterrorismo após ameaça em Brasília

Futuro ministro se reuniu neste domingo com diretor da Polícia Civil do DF para discutir tentativa de ataque a caminhão-tanque no aeroporto de Brasília

Flávio Dino deve propor grupo antiterrorismo junto à PGR
Foto: MARCOS CORRÊA/ PR
Flávio Dino deve propor grupo antiterrorismo junto à PGR

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste domingo (25) que estuda a criação de um grupo antiterrorismo junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho Nacional do Ministério Público. A declaração foi dada após a prisão de um homem suspeito de tentar acionar um explosivo em caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília.

Para Dino, a ação deste domingo foi um ato terrorista e chamou os acampamentos bolsonaristas nos quartéis de “incubadora de terroristas”. Segundo a Polícia Civil, o suspeito fazia parte do QG de apoio ao presidente da República na capital federal.

“Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas”, afirmou.

O futuro ministro de Lula ainda tratou o ataque contra a sede da Polícia Federal em Brasília também como terrorismo. Ele solicitou investigações aprofundadas sobre o caso, que não teve presos até o momento.

‘Queria o caos’

O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Coimbra, afirmou, em coletiva de imprensa, que o suspeito assumiu querer ter cometido o crime para causar ‘um caos’ na região do aeroporto de Brasília. Segundo Coimbra, o homem afirmou que o objetivo era chamar a atenção da população para os movimentos bolsonaristas.

“Ele confessou que realmente tinha intenção de fazer um crime lá no aeroporto, que seria destruir um poste, uma coisa nesse sentido, para causar o caos, né? O objetivo dele era chamar a atenção justamente para o movimento que eles estão empenhados”, disse o diretor-geral.

Além da Polícia Civil do DF, a Polícia Federal deve participar das investigações. Flávio Dino solicitou ao futuro diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para acompanhar o caso e os desdobramentos das mobilizações bolsonaristas.