A futura ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos (PC do B), defendeu neste sábado (24) a produção de conhecimento nacional. Segundo ela, o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará prioridade à soberania científica.
“País soberano é aquele que é capaz de diminuir a dependência de produtos de valor agregado e de alta tecnologia”, afirmou, em entrevista à CNN Brasil. “Precisamos, além de deter o conhecimento, desenvolver esse conhecimento e criar uma base científica que garanta uma produção em larga escala que impulsione o desenvolvimento do país”.
Santos declarou o desenvolvimento precisa ser atrelado à inovação tecnológica. “Precisamos entrar no mundo da revolução industrial que estamos vivendo no mundo”.
Ela criticou a gestão anterior do ministério, acusando-o de ser "negacionista".
Santos disse ainda que o próximo governo tentará reajustar as perdas inflacionárias das bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Alunos de mestrado com bolsa do CNPq ganham R$ 1.500 mensais. Os de doutorado, R$ 2.200. Bolsistas de graduação recebem R$ 400.
A futura ministra também criticou a decisão do governo Bolsonaro de se desfazer da estatal de produção de semicondutores, a Ceitec.
“O governo Bolsonaro resolveu desestatizar a até liquidar a única fábrica de semicondutores do Brasil. É inconcebível que a gente desmonte aquilo que é a nata da inovação no mundo”, declarou.