Após fortes chuvas no estado do Paraná na última segunda-feira (28), um deslizamento BR-376, em Guaratuba , arrastou 15 carros e seis caminhões . Além disso, a Defesa Civil informou que ainda não há um número exato de vítimas e desaparecidos .
"Nós temos uma grande massa de terra sobre a pista e não temos condições de precisar quantos veículos ou quantas pessoas estavam nesses veículos", disse o Coronel Fernando, coordenador da Defesa CIvil, em coletiva.
Como ocorreu o acidente?
Segundo a Defesa Civil, houve dois deslizamentos. O primeiro começou por volta das 15h30 de ontem, quando um terreno inclinado cedeu e uma das pistas foi interditada. Apesar do risco, o trânsito foi normalizado em uma via única. Ao anoitecer, às 19h30, o segundo deslizamento atingiu carros e caminhões, fazendo com que os dois sentidos da rodovia fossem bloqueados.
O talude que cedeu alcançou 200 metros das duas pistas. A chuva no local era volumosa, o que intensificou o trânsito.
Houve vítimas?
Até o momento de publicação desta matéria, duas pessoas foram mortas pelo acidente. A primeira vítima foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal por volta das 10h desta terça-feira (29). A segunda vítima foi noticiada pelo Corpo de Bombeiros nesta tarde.
O resgate e a busca por desaparecidos foi iniciado ainda na segunda-feira, mas precisou ser interrompido devido à instabilidade do tempo. A ação foi retomada na manhã de hoje.
Onde o deslizamento ocorreu e quais vias foram interditadas?
Os deslizamentos ocorreram no km 669 da BR-376, no trecho de serra. O local é conhecido como ‘Curva da Santa’, onde já aconteceram vários acidentes.
A rodovia faz a ligação entre os estados do Paraná e Santa Catarina e está interditada há mais de 12 horas.
Os outros trechos bloqueados são: da praça de pedágio de São José dos Pinhais (PR), no km 635 da BR-376; a unidade operacional da PRF em Tijucas do Sul (PR), no km 662 da BR-376; e a praça de pedágio de Garuva (SC), no km 1,3 da BR-101.
As autoridades já sabiam do risco?
Em coletiva, Defesa Civil afirmou que concessionária Arteris Litoral Sul, sabia dos riscos e esse seria o motivo para não realizar obras na pista.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, o coronel Fernando Raimundo Schuning afirmou que a Arteris tinha conhecimento sobre a “vulnerabilidade técnica” e que o volume de chuva era um risco para o tráfego na pista.
"É uma área de bastante vulnerabilidade técnica e necessita obras de contenção disso aí. Tanto que a concessionária estava fazendo obras, trabalhando nesse local, prevendo e sabendo desse risco”, explicou o coronel.
Os governos dos estados do Paraná e de Santa Catarina informaram que enviaram reforços para as buscas. A gestão paranaense publicou ainda um decreto emergencial com o intuito de "garantir estrutura e os equipamentos para fazer o resgate das vítimas e trabalhar na desobstrução das vias".
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.