Aracruz: duas vítimas recebem alta e três ainda estão em estado grave

Uma adolescente de 14 anos, que foi baleada na cabeça, segue entubada em estado muito grave

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti que sofreu atentado na última sexta (25)
Foto: Reprodução / Google Maps - 25.11.2022
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti que sofreu atentado na última sexta (25)

Nesta segunda-feira (28), duas vítimas, que estão entre os 13 pessoas feridas no ataque que matou quatro, em Aracruz, no Espírito Santo , receberam alta Hospital Filantrópico São Camilo. 

As duas mulheres estavam internadas desde a sexta-feira (25) - dia do atentado contra as escolas. Duas outras mulheres permanecem internadas em estado grave, uma adolescente de 14 anos, que foi baleada na cabeça, está em estado muito grave.

Uma vítima de 58 anos segue internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue) com quadro clínico estável, segundo a unidade.

Um menino de 11 anos que estava em estado grave teve apresentou  melhoras neste domingo (28) e foi transferido para uma unidade semi-intensiva. O estado clínico dele é estável.

Veja o estado de saúde dos feridos:

  • No Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (cidade de Serra), estão duas mulheres, de 52 e 45 anos, que seguem em UTI em estado grave.
  • Uma mulher de 58 anos, com estado de saúde estável, está no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas. Ela aguarda melhora em ferimentos em membro inferior para ser submetida à nova cirurgia.
  • Um menino de 11 anos que evoluiu para um quadro estável, estando agora em unidade semi-intensiva, e uma menina de 14 anos está em UTI em estado muito grave. Os dois estão no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória Infantil de Vitória.

Investigações 

O delegado que investiga o caso destacou já ter sido possível identificar que o assassino é um "simpatizante de ideias nazistas" e que ele planejava o ataque desde 2020.

As informações foram reveladas, nesta segunda-feira (28), em coletiva de imprensa pela Secretaria da Segurança Pública do Espírito Santo.

"Os pais deixaram claro que ele fazia acompanhamento com psicóloga e psiquiatra, tomava medicação, mas não se abria muito", explicou André Jaretta, delegado à frente das investigações.

Jaretta disse ainda que o jovem alegou, na versão apresentada, não ter alvo específico e ter escolhido aleatoriamente em quem atirar. A Polícia Civil também informou que pai "tinha a cautela de manter a arma com um cadeado".

Durante a coletiva, o secretário de Educação revelou que o atirador era ex-aluno da escola estadual Primo Bitti. Os pais teriam pedido transferência do rapaz este ano, mas o motivo para esta decisão ainda será esclarecido.

O crime 

Por volta das 9h50 da última sexta, o adolescente armado arrombou o cadeado do portão da escola pública Primo Bitti e foi direto à sala dos professores, onde atirou em professoras. Duas morreram.

Depois, ele voltou ao carro e se dirigiu ao segundo colégio, particular, onde também disparou contra quem via pela frente. Uma menina de 11 anos morreu.

Ao todo, 13 pessoas ficaram feridas e quatro morreram. Ele, então, fugiu com o carro, que estava com a placa encoberta por fitas. Horas depois, ele foi preso pela polícia.

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