Um colégio localizado na cidade Valinhos, interior de São Paulo, anunciou, nesta sexta-feira (4), que expulsou oito alunos que enviaram mensagens racistas , gordofóbicas, machistas e xenofóbicas em um grupo de WhatsApp.
As mensagens criminosas foram denunciadas por um estudante negro de 15 anos. Ele foi adicionado ao grupo por outros estudantes e, quando se deparou com o teor das mensagens, fez críticas e logo em seguida foi excluído. Na sequência, ele foi hostilizado com mensagens racistas no instagram.
O grupo teria sido criado durante a apuração dos votos do último pleito eleitoral, que foi finalizado no último domingo e terminou com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de presidente da República . O nome do grupo era "Fundação Antipetismo".
O Colégio Visconde de Porto Seguro informou, por meio de um comunicado, que repudia qualquer forma de preconceito e que aplicou aos jovens a punição máxima prevista no Regimento Escolar: a expulsão.
"Reforçamos nosso repúdio veemente a toda e qualquer forma de discriminação e preconceito, os quais afetam diretamente nossos valores fundamentais. Nesse sentido, o Colégio aplicou aos alunos envolvidos as sanções disciplinares cabíveis nos termos do Regimento Escolar, inclusive a penalidade máxima prevista, que implica seu desligamento imediato desta instituição", informou a escola.
A escola disse também que vai intensificar as atividades que visam dar luz à importância do respeito à diversidade. Também foi informado que os alunos ofendidos estão sendo amparados pela instituição de ensino.
"Reiteramos nossa solidariedade e apreço a todos que foram ofendidos e continuaremos prestando o devido acolhimento aos alunos e famílias."
Repúdio da comunidade israelita de São Paulo
A Federação Israelita do Estado de São Paulo emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (3), repudiando as atitudes racistas e antissemitas dos alunos do colégio localizado em Valinhos.
"Neste caso cabe uma atitude enérgica da escola, bem como da sociedade, a fim de que discrusos como estes estejam banidos, de uma vez por todas, de nosso convívio. Não podemos tolerar mais manifestações que visam diminuir um povo, uma raça ou qualquer ser humano. Entendemos fundamental aprofundarem estudos sobre estas questões para que tenhamos uma sociedade com mais respeito ao semelhante e justa", informou a órgão em nota divulgada nas suas redes sociais.
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