O Ministério Público Federal (MPF) denunciou novamente os policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que matou Genivaldo de Jesus Santos asfixiado numa espécie de câmara de gás improvisada.
Desta vez, entretanto, as denúncias foram motivadas por outra ação policial violenta. Segundo o MPF, William Noia e Paulo Nascimento também são acusados de torturar dois jovens, um deles menor de idade.
De acordo com o relatório do Ministério Público, eles "submeteram 2 jovens a intenso sofrimento físico e mental, mediante pisões, chutes, tapas e ameaças, como castigo pessoal por não terem obedecido à ordem de parada e empreendido fuga ao avistarem a viatura policial".
Além dos dois suspeitos de envolvimento na morte de Genivaldo, outro policial federal também foi denunciado pelo abuso. Os três foram enquadrados pelo crime de tortura, cuja pena varia de 2 a 8 anos.
Porém, quando o crime é cometido por agentes públicos, a pena pode ser aumentada. Caso condenados, os denunciados perdem o cargo de policiais.
Morte de Genivaldo
A abordagem dos policiais em Umbaúba, no Sergipe, foi registrada em vídeo por testemunhas. Nas imagens, os agentes imobilizam Genivaldo dentro do porta-malas da viatura.
É possível ver uma grande quantidade de fumaça e o homem debatendo as pernas, que ficaram para o lado de fora do veículo.
O laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal de Sergipe apontou "insuficiência aguda secundária a asfixia" como causa da morte de Genivaldo.
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