'Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições', diz Lula

Em comício na cidade de Curitiba, o ex-presidente disse que a fiscalização das eleições é atribuição da Justiça Eleitoral

Lula discursando em comício no Rio Grande do Sul.
Foto: Reprodução/Youtube PT - Partido dos Trabalhadores 17.09.2022
Lula discursando em comício no Rio Grande do Sul.

Durante comício neste sábado em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que as Forças Armadas devem ser tratadas com respeito e não devem se meter nas eleições. Para o petista, a fiscalização de urnas é uma atribuição das Justiça Eleitoral.

"Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições", disse Lula durante comício no centro da capital paranaense.

"É preciso que alguns de lá tratem a sociedade civil com respeito, que nós sabemos cuidar de nós e não precisamos ser tutelados".

Papel nobre

Lula afirmou que o papel das Forças é cuidar da soberania nacional contra inimigos externos e proteger as fronteiras do país.

"As Forças Armadas brasileiras vão voltar a ter um papel nobre, que está definido na nossa Constituição. As Forças Armadas não tinham que estar preocupadas em fiscalizar urna. Quem tem obrigação de fiscalizar é a Justiça Eleitoral".

Diversidade

No mesmo discurso, Lula fez referência à população LGBTQIA+, às mulheres e aos negros. Ao longo da fala, o presidente condenou a violência contra a mulher, ao recordar a criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, e falou sobre o recente caso de racismo envolvendo o jogador Vini Jr., do Real Madrid.

"Nós precisamos ter certeza que o preconceito é uma coisa nojenta, é uma doença. Cada um de nós se veste como quer, cada um de nós dança como quer, cada um de nós cuida do seu corpo como quer, porque afinal de contas o nosso corpo quer liberdade", disse Lula.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.