Cid Gomes declara voto a candidato do PT ao Senado no Ceará e fala em reatar aliança no 2° turno. Irmão de Ciro, candidato do PDT à Presidência, fala pela primeira vez do racha na família na eleição estadual e diz que vai tentar ser "o cupido da renovação dessa aliança"
O senador Cid Gomes (PDT-CE) participou pela primeira vez, neste sábado, de ato de campanha nestas eleições. Em sobral, durante "adesivaço" da campanha do irmão, Ciro Gomes (PDT), a presidente, ele criticou o racha da aliança com o PT no Ceará, declarou voto em Camilo Santana, candidato do PT ao Senado no estado, e disse que vai se preservar no primeiro turno "para tentar ser esse catalisador, o cupido da renovação dessa aliança".
"Eu iniciei aqui em Sobral essa aliança em 1996, e lá se vão mais de 25 anos, entre o meu partido e o PT . Eu me sinto patrono dessa aliança, que depois se estendeu para o estado. Por razões alheias e contra a minha vontade, essa aliança se desfez agora.
Eu tenho esperança que essa relação seja tratada no segundo turno. Para que aconteça, eu vou me preservar nesse primeiro turno para tentar ser esse catalisador, o cupido da renovação dessa aliança", afirmou o senador.
Após a escolha do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio como candidato a governador do Ceará pelo PDT, articulada por Ciro Gomes, o PT rompeu a aliança de 16 anos no Ceará com a família Gomes e lançou Elmano de Freitas ao governo.
Os petistas queriam que o PDT optasse pela atual governadora Izolda Cela. Havia expectativa que Izolda abrisse espaço em seu palanque não só para Ciro como também para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas como o PDT lançou outro candidato mais alinhado com Ciro, a aliança foi desfeita. O ex-prefeito já havia atacado o PT no passado em postura semelhante a adotada por Ciro nos últimos anos.
Escanteada, Izolda saiu do PDT e está agora sem partido. Ela afirmou que não fará campanha para Roberto Claudio, mas também não declarou apoio a Elmano.
Questionado sobre os candidatos ao governo do Ceará, Cid disse que não acredita que a eleição seja decidida no primeiro turno e, por isso, prefere esperar.
"Se eu for tomar partido agora, chancelando essa quebra de aliança, eu vou encontrar dificuldade de reatar essa relação no segundo turno.
Ele ressaltou a importância de deixar canais abertos".
"Então, no segundo turno é importante que a gente mantenha os canais abertos. Como essa separação foi contra a minha vontade, a melhor conduta que eu achei foi essa: vou trabalhar pelo Ciro, para o Camilo para senador"
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