"Bolsonaro fez uma bobagem muito grande quando ele fez a PEC para criar o estado emergencial, para poder criar o auxílio emergencial", afirmou Lula, realçando que a forma com que a medida foi implementada é frágil e não garante sua permanência no ano que vem.
"Ele disse que o auxílio emergencial era uma ajuda que ia sair de R$ 400 reais para R$ 600 até dezembro. Isso é o que está na lei. Isso é o que os deputados aprovaram e o que foi votado", diz o presidenciável.
Janones já havia afirmado anteriormente em vídeo publicado na última sexta-feira que Bolsonaro iria interromper o auxílio, o que motivou apoiadores do presidente a questioná-lo por fake news.
Diferentemente do que afirma Janones, em seu plano de governo o presidente Jair Bolsonaro se compromete em manter o auxílio em 2023 com o valor atual de R$ 600. Inicialmente o benefício era de R$ 400, mas após aprovação da PEC Eleitoral, que estabelece o estado de emergência, os R$ 200 a mais serão pagos apenas até dezembro.
"Um dos compromissos prioritários do governo reeleito será a manutenção do valor de 600 reais para o Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023", diz o documento.
O vídeo e a live são parte de uma estratégia para evitar o aumento dos índices de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a retomada do pagamento do programa Auxílio Brasil no valor de R$600.
Em reação, o deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) entrou com uma representação contra Janones na Justiça Eleitoral, acusando o parlamentar de divulgar fake news.
Janones abriu mão de sua candidatura à presidência em prol do apoio a Lula e tem mencionado o ex-presidente com frequência em seus vídeos. O deputado rebateu as acusações de fake news na transmissão de vídeo.
"Eu nunca divulguei fake news. Tenho zelo com o que eu divulgo. — afirmou o deputado. "Eu estou aqui com a lei [do auxílio] nas mãos, e a lei fala que é um auxílio em estado de emergência pelo qual nosso pais passa, até dezembro", disse.
Mesmo com o compromisso firmado no plano de governo do candidato à reeleição Bolsonaro, Janones afirmou que não estava falando do Auxílio Brasil, que foi desenhado no governo Bolsonaro como substituto ao antigo Bolsa Família.
"É preciso diferenciar auxílio emergencial do Auxílio Brasil, e Bolsonaro determinou o fim do auxilio em dezembro", disse o deputado mineiro, lado a lado com Lula. " Com Bolsonaro, acabou o auxílio emergencial no Brasil, com Lula, ele seguirá", afirma.
Lula ainda reafirmou que o benefício que está sendo depositado agora não deve ser desprezado.
"Se cair um dinheiro na sua conta, você pegue, mas na hora da eleição não vote me quem está destruindo o Brasil", disse.
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