PF faz operação contra esquema em operadora de plano de saúde, no Rio

Organização criminosa que atuava na gestão de uma operadora de plano de saúde que atendia servidores públicos

Polícia Federal
Foto: Divulgação - 10.08.2022
Polícia Federal

Uma ação da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (dia 10), no Rio, a fim de desarticular uma suposta organização criminosa que atuava na gestão de uma operadora de plano de saúde que atendia servidores públicos. O nome da empresa não foi revelado. O grupo teria cobrado propina de empresários do ramo hospitalar — no período de 2014 a 2019 — para agilizar pagamentos por consultas, exames e procedimentos.

De acordo com as investigações, os suspeitos liberavam os pagamentos aos hospitais de forma mais rápida, mediante o pagamento dos valores exigidos. Além disso, eles deixavam de glosar (reprovar) pagamentos indevidos. O grupo, segundo a PF, também facilitava a aplicação de reajuste nas tarifas pagas pela operadora aos hospitais que participavam do esquema.

Segundo a PF, a suposta organização criminosa vinha sendo investigada há cinco anos e teria causado um prejuízo estimado em R$ 664 milhões. Os valores pagos pelos hospitais a título de propina correspondiam a percentuais calculados sobre o faturamento das empresas obtido a partir da parceria com a operadora de plano de saúde.

Cerca de 40 agentes foram às ruas para cumprir nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, tanto na capital fluminense quanto na cidade de Petrópolis. A Justiça Federal autorizou o sequestro de bens e valores de posse dos envolvidos.

"Os investigados responderão pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, bem como lavagem de dinheiro e organização criminosa", informou a PF.

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