Racismo: 'Não gosto de negro', diz homem em biblioteca de São Paulo
Rapaz foi flagrado proferindo ofensas racistas e homofóbicas na Biblioteca Mário de Andrade; ele estava lendo o livro "Mein Kampf", livro de Hitler
Um homem foi flagrado nesta terça-feira lendo o livro "Mein Kampf" (em português, "Minha Luta"), de Hitler, na Biblioteca Mário de Andrade (BMA), em São Paulo. Questionado pelas pessoas no local, o frequentador fez ataques racistas e homofóbicos.
"Não gosto de negro. A cultura deles é uma bosta. Se prestassem, não eram discriminados pela sociedade", disse o homem. "Você vai à Praça da Sé e vê um monte de negro vendendo celular roubado na praça pública. Aí quer dizer que sou racista?", acrescentou.
"Estou aqui estudando, tentando melhorar, sair da p* desse país, que é um lixo. E vocês com esse papo de macaco, de favela, entendeu. Não sou obrigado a usar drogas, ficar chupando r* nas portas do banheiro público não, igual muitos fazem aqui", afirmou o homem.
Chamado de racista, ele deu uma resposta enfática. "Não gosto de negro, quem gosta de macaco é zoológico."
A BMA se manifestou por meio das redes sociais. Em nota publicada no Facebook, a biblioteca informou que o frequentador, que já havia tido problemas anteriores no espaço. Após o ocorrido nesta terça-feira, ele foi imediatamente levado para a 77ª Delegacia de Polícia para registro de ocorrência.
"A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, repudia veementemente as falas e atitudes nazistas, homofóbicas e racistas do frequentador flagrado na tarde desta terça-feira (02) na Biblioteca Mário de Andrade (BMA), um espaço marcado pelo respeito às diferenças de gênero, raça, orientação sexual e pela celebração da diversidade", diz o comunicado.
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