Padrasto é preso por estuprar e manter menina de 11 anos em cárcere privado por dois anos
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Padrasto é preso por estuprar e manter menina de 11 anos em cárcere privado por dois anos

A prisão, por estupro, do padrasto de uma menina de 11 anos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no último domingo (17), chamou a atenção para uma rotina de violência sexual contra crianças no estado do Rio.

Apenas em 2021, 257 padrastos aparecem em registros de ocorrência como tendo estuprado enteadas ou enteados de 0 a 11 anos.

Quando existe uma relação entre agressor e vítima, padrastos são os abusadores sexuais mais frequentes. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP), obtidos via Lei de Acesso à Informação.

Analisando-se os anos de 2018 a 2021, foram 994 crianças vítimas de estupro por padrastos. Nesse período, o ano com mais ocorrências foi 2018: 271 abusos sexuais. As 257 ocorrências do ano passado representam um aumento de 3,2% em relação a 2020. A proporção entre meninas e meninos estuprados é de 11 para um: 911 garotas e 83 vítimas do sexo masculino.

Cerca de um quarto dos casos (229) nesses quatro anos eram de crianças residentes na cidade do Rio. Em seguida, vêm vítimas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Magé. Entre 2018 e 2021, houve pelo menos um caso de criança estuprada pelo padrasto em 87 dos 92 municípios fluminenses.

Nos casos registrados nesse período na cidade do Rio, todos os bairros com mais ocorrências ficam na Zona Oeste da cidade: Campo Grande (34 vítimas), Santa Cruz (30), Guaratiba (21), Senador Camará (14) e Santíssimo (13).

Dos 994 registros, aproximadamente um terço (379) se referia a vítimas com idades entre 9 e 11 anos. Em 233 casos, porém, as crianças molestadas sexualmente pelos padrastos tinham entre 0 e 5 anos; 51 delas eram bebês entre 0 e 2 anos.

Seis em cada dez (607) vítimas eram crianças pardas ou negras, segundo os dados do ISP. A casa das vítimas é o local onde ocorreu o estupro em 93% dos registros.

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