A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira um mandado de busca e apreensão na residência de Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia", um comerciante que mantém uma loja de itens para caça e pesca no vilarejo peruano de Islândia, na região do Vale do Javari. Segundo a PF, o mandado ocorre "no interesse da investigação que versa sobre o uso de documento falso".
No início do mês, ao se apresentar voluntariamente à PF de Tabatinga para dizer que não estava envolvido nos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, Colômbia foi preso por uso de documentos falsos. Anteriormente, ele se apresentou como Rubens Villar Coelho.
No local, os agentes encontraram "inúmeros documentos" em que constavam diferentes locais de nascimento e nacionalidades. Também foi encontrado um Registro Administrativo de Nascimento de Índio (RANI), em que o investigado afirma ter nascido na "Comunidade Indígena Boa Vista, Terra Indígena Boa Vista, tribo indígena KOKAMA".
"Os fatos denotam que o nacional se utiliza deliberadamente da falsificação de documentos para obter benefícios diversos", afirmou a PF, em nota.
Colômbia é suspeito de integrar uma quadrilha que se beneficia da pesca e caça ilegais no interior da terra indígena Vale do Javari, perto de onde Bruno e Dom foram brutalmente assassinados no início de junho.
Na casa de Colômbia, que fica no município amazonense de Benjamin Constant, também foi encontrado, segundo a PF, uma "nota comercial (Factura)" em que Colômbia se identifica como Rubens Eduardo da Silva de Souza, mas nenhum documento oficial em que consta esse nome foi localizado.
Colômbia está preso na superintendência da PF em Manaus, junto com Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", que confessou ter participado dos assassinatos de Bruno e Dom e da ocultação dos corpos. Neste sábado, os outros dois réus no caso, Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Pelado, e Jefferson da Silva Lima também serão transferidos de Tabatinga para Manaus, com previsão de chegada no início da tarde.
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