A prefeitura de São Paulo cancelou, nesta quinta-feira (07), o carnaval de rua previsto para ocorrer nos dias 16 e 17 de julho deste ano. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou que o cancelamento é devido à falta de empresas interessadas em patrocinar o evento.
Na manhã desta quinta-feira, Nunes havia dado indícios que o carnaval seria suspenso caso o edital do patrocínio fosse encerrado sem empresas interessadas. A reunião se encerrou às 11h desta quinta sem participantes.
"Se por acaso não teve patrocinador, existe uma possibilidade de ter emenda de alguns vereadores, e a prefeitura não teria como fazer qualquer objeção. E, não havendo nenhuma dessas opções, a prefeitura não vai usar recurso público para fazer o Carnaval de rua neste momento fora de época", disse o prefeito.
Segundo a administração, foi lançado um edital em 17 de junho com lance mínimo de R$ 10 milhões sem nenhuma empresa interessada. Novo pregão foi aberto com lance mais baixo, a partir de R$ 6 milhões, contudo, novamente não houve interesse de patrocinadores. O prazo se encerrou nesta quinta-feira.
Em abril, a secretária de Cultura, Aline Torres, afirmou que os desfiles iriam acontecer independentemente de a prefeitura conseguir patrocínio ou não. "Está definido que vai ter (o Carnaval em julho)", afirmou.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de nenhuma empresa patrocinar, a secretária disse "ser muito difícil alguém não patrocinar".
"Caso não haja esse patrocinador, o que a gente acha muito difícil, a probabilidade é que o prefeito busque recursos próprios para fazer", disse a secretária.
O grupo Ocupa Carnaval, que representa vários blocos que aceitaram desfilar no carnaval de julho, criticou a decisão da prefeitura por meio de um comunicado. O coletivo disse que a gestão municipal havia se comprometido a financiar o evento com recursos próprios.
"A prefeitura tomou nosso tempo com reuniões, a secretária afirmou que caso não houvesse investimento privado a prefeitura arcaria com o custo do evento, no entanto, mais uma vez somos deixados a deriva, sendo informados via mídia", disse em nota.
Tomada a decisão, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que a prefeitura pode colocar recursos para a organização do evento no ano que vem, se necessário.
"Mas para tranquilizar os blocos: se lá em fevereiro, a gente fizer o chamamento, que aí é a data ordinária que está no calendário, e faltar patrocínio, que eu não acredito, mas se eventualmente faltar, aí a prefeitura evidentemente vai arcar", disse Nunes.
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