O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou neste domingo, em Tabatinga (AM), que fará uma reestruturação no Ministério Público Federal na região da tríplice fronteira norte, onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados no início de junho.
"A reestruturação do MPF na Região Amazônica passa pela ampliação do número de ofícios e, como consequência, de procuradores destinados ao trabalho tanto preventivo quanto repressivo. O PGR explicou que o MPF está implementando a reestruturação, com alterações na distribuição geográfica da força de trabalho", diz o texto publicado pela PGR.
Segundo Aras, está em curso desde maio a criação de 30 novos ofícios do MPF voltados para a Amazônia, "seja na área da proteção ambiental, seja na defesa das populações originárias ou na frente criminal, quando ela se faz necessária, como agora”, acrescentou ele. Dez dos novos ofícios terão "atribuição exclusiva e funcionarão diretamente" nos Estados da Amazônia Legal.
Na viagem à cidade que faz divisa com a Colômbia e o Peru, Aras teve encontros com lideranças indígenas e representantes das Forças Armadas. Conforme a nota do MPF, o PGR ouviu nos encontros sobre a necessidade de o Estado "cumprir seu papel de fiscalização e combate ao crime naquela área", uma vez que a vigilância dos territórios estaria sendo feita pelos próprios indígenas.
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